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Declaração de Berlim sobre o Acesso Aberto

DECLARAÇÃO FINAL DA CONFERÊNCIA – 14ª Conferência de Acesso Aberto de Berlim

Participantes de 37 nações e cinco continentes , representando instituições de pesquisa e financiamento, bibliotecas e associações governamentais de ensino superior e conferências de reitores, associações de pesquisadores e outras iniciativas de acesso aberto reunidas na 14ª Conferência de Acesso Aberto de Berlim, realizada de 3 a 4 de dezembro de 2018 em Berlim. Afirmaram que existe um forte alinhamento entre as abordagens adotadas pelo OA2020 , pelo Plano S , pelo Jussieu Call e outros, para facilitar uma transição completa e completa para o acesso aberto. A declaração a seguir representa o forte consenso de todos os representados na reunião.

Todos estamos comprometidos com os autores que mantêm seus direitos autorais,
todos comprometidos com o acesso aberto completo e imediato,
todos estamos comprometidos em acelerar o progresso do acesso aberto por meio de acordos transformadores que são temporários e transitórios, com uma mudança para o acesso aberto completo dentro de um muito poucos anos. Esses acordos devem, pelo menos inicialmente, ser neutros em termos de custos, com a expectativa de que os ajustes econômicos sigam à medida que os mercados se transformarem.

Espera-se que os editores trabalhem com todos os membros da comunidade global de pesquisa para efetivar o acesso aberto completo e imediato de acordo com esta declaração.

Veja também o comunicado de imprensa da Max-Planck-Gesellschaft.

Publicado em Notícias Marcado com: 14ª Conferência de Acesso Aberto de Berlim, Bragança, Budapest Open Access Initiative, Declaração, OA 2020, Palno S, Plan S, Revistas da USP, Universidade de São Paulo

Declaração de São Paulo sobre Acesso Aberto

oa-sao-paulo-open-access-declaration

 

Os representantes da Plataforma Africana de Ciência Aberta , AmeLICA , COOTION S, OA2020 e SciELO – cinco das principais iniciativas mundiais de Acesso Aberto – se reuniram em 1º de maio de 2019 durante a reunião anual do Conselho Global de Pesquisa em São Paulo, Brasil. Eles estão unidos em sua missão comum de tornar o conhecimento disponível e acessível onde quer que possa ter o maior impacto e ajudar a resolver os desafios da humanidade, independentemente de onde foi produzido.

O efeito combinado das cinco iniciativas gerou um novo impulso na busca do acesso aberto universal, completo e imediato.

As cinco iniciativas afirmam conjuntamente que:

  • Eles consideram que o conhecimento acadêmico e científico é um bem público global. Quando gerado por fundos públicos, o livre acesso a ele é um direito universal.
  • Eles compartilham um objetivo final comum: fornecer acesso aberto universal, irrestrito e imediato a informações acadêmicas, incluindo o uso e reutilização por seres humanos e máquinas.
  • Eles compartilham a crença de que esse objetivo comum pode ser alcançado através de uma variedade de abordagens.
  • Eles buscarão pontos de alinhamento entre suas abordagens e maneiras de cooperar para alcançar o objetivo compartilhado.
  • Eles buscam um diálogo ativo com todas as partes interessadas, incluindo pesquisadores, financiadores de pesquisa, universidades, bibliotecas, editores, sociedades instruídas, governos e cidadãos para levar em conta a diversidade da comunidade acadêmica global.

Vamos tornar o Acesso Aberto uma realidade!

Download the São Paulo Statement.

Publicado em Notícias Marcado com: 2019, Declaração de São Paulo sobre Acesso Aberto, Open Access, São Paulo Open Access Declaration, Universidade de São Paulo, USP

Lista de Editoras e Políticas de Arquivamento

ACM – Permite o depósito apenas da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional do autor. Inclua sempre as seguintes informações: “© {Owner/Author | ACM} {Year}. This is the author’s version of the work. It is posted here for your personal use. Not for redistribution. The definitive Version of Record was published in {Source Publication}, http://dx.doi.org/10.1145/{number}.”

BioMed Central (BMC) – Permite que a versão final publicada (PDF do editor) seja depositada no Repositório Institucional imediatamente após a publicação pois os periódicos de acesso aberto da BMC são suportados pelo pagamento de uma taxa de processamento de artigos (APC). Gold Open Access.

BMJ – Para revistas de assinatura, é permitido o depósito apenas da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional. Não há período de embargo. Inclua sempre as seguintes informações: “This article has been accepted for publication in [Journal, Year] following peer review, and the Version of Record can be accessed online at [insert full DOI eg. http://dx.doi.org/10.1136/xxxxx].” “© Authors (or their employer(s)) OR “© BMJ Publishing Group Ltd” ( for assignments of BMJ Case Reports) “ ” [Add where a funder mandates: “Reuse of this manuscript version (excluding any databases, tables, diagrams, photographs and other images or illustrative material included where a another copyright owner is identified) is permitted strictly pursuant to the terms of the Creative Commons Attribution-Non Commercial 4.0 International (CC-BY-NC 4.0)”.

Elsevier – Permite o depósito apenas da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional, mas o acesso público só é permitido após período de embargo. Confira a lista de Revistas da Elsevier e respectivos períodos de embargo. Em todos os casos, os manuscritos aceitos (post-prints) devem: (a) ter um link para a publicação formal através do seu DOI;  (b) suportar uma licença CC-BY-NC-ND. A versão post-print (manuscrito aceito) não pode ser melhorada/corrigida de alguma forma para parecer mais como, ou para substituir, o artigo de revista publicado. A versão post-print não pode ser usada para fins comerciais. Não permite o depósito do PDF final publicado da revista.

IEEE – Os autores podem publicar a versão do artigo aceito (manuscrito aprovado) para publicação em um periódico ou conferência do IEEE. O depósito do PDF final, conforme publicado pelo IEEE Xplore ®, continua a ser proibido, exceto para artigos de periódicos de acesso aberto suportados pelo pagamento de uma taxa de processamento de artigos (APC), cujos autores podem postar livremente a versão final. Em caso de dúvida, consulte a FAQ do IEEE.

IOP – Permite o depósito apenas da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional, mas o acesso público só é permitido após período de embargo de 12 meses sob uma licença CC BY-NC-ND 3.0. Ou seja, permite o depósito de um manuscrito com disponibilidade pública atrasada, você pode depositar o manuscrito a qualquer momento após a aceitação, com a condição de que o manuscrito não seja disponibilizado publicamente até 12 (doze) meses após sua publicação na revista. Não permite o depósito do PDF final publicado da revista.

MDPI – Permite que a versão final publicada (PDF do editor) seja depositada no Repositório Institucional imediatamente após a publicação pois os periódicos de acesso aberto da MDPI são suportados pelo pagamento de uma taxa de processamento de artigos (APC). Gold Open Access.

PNAS – Para artigos de acesso aberto enviados a partir de setembro de 2017, os autores mantêm os direitos autorais, mas concedem ao PNAS uma Licença de Publicação exclusiva. Os autores e sua instituição ou empresa empregadora mantêm amplos direitos pelo uso de seus materiais após a publicação no PNAS e pela propriedade intelectual. Esses direitos são mantidos sem a necessidade de permissão explícita do PNAS, desde que citada a referência completa da revista e, para artigos publicados em 90-105 (1993–2008), “Copyright (ano dos direitos autorais) National Academy of Sciences.” Os usuários podem visualizar, reproduzir ou armazenar o conteúdo das revistas, desde que as informações sejam apenas para uso pessoal e não comercial.

Sage – Permite o depósito apenas da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional mas o acesso público só é permitido após embargo de 12 meses. Ou seja, permite o depósito de um manuscrito com disponibilidade pública atrasada, você pode depositar o manuscrito a qualquer momento após a aceitação, com a condição de que o manuscrito não seja disponibilizado publicamente até 12 (doze) meses após sua publicação na revista. Não permite o depósito do PDF final publicado da revista. Inclua sempre as seguintes informações: Author(s), Article Title, Journal Title (Journal Volume Number and Issue Number) pp. xx-xx. Copyright © [year] (Copyright Holder). DOI: [DOI number].

Springer – Permite apenas o depósito da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional, mas o acesso público ao documento só é permitido após 12 (doze) meses de embargo. Na versão depositada, deve constar a informação This is a post-peer-review, pre-copyedit version of an article published in [insert journal title]. The final authenticated version is available online at: http://dx.doi.org/[insert DOI]”.

SpringerOpen – Permite que a versão final publicada (PDF do editor) seja depositada no Repositório Institucional imediatamente após a publicação pois os periódicos de acesso aberto da SpringerOpen são suportados pelo pagamento de uma taxa de processamento de artigos (APC). Gold Open Access.

Taylor & Francis – Permite apenas o depósito da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional após período de embargo. Confira a Lista de Revistas Taylor & Francis e respectivos períodos de embargo.

Wiley – Permite apenas o depósito da versão post-print (manuscrito aprovado) em Repositório Institucional, mas o acesso público só é permitido após período de embargo que varia de 12 a 24 meses. Para revistas científicas, técnicas, médicas e de psicologia (STM), o período padrão de embargo é de 12 (doze) meses e  para revistas de ciências sociais e humanas (SSH), o período padrão de embargo é de 24 (doze) meses após a publicação do artigo final. Na versão depositada deve constar a seguinte frase na primeira página: “This is the peer reviewed version of the following article: [FULL CITE], which has been published in final form at [Link to final article using the DOI]. This article may be used for non-commercial purposes in accordance with Wiley Terms and Conditions for Use of Self-Archived Versions.”

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Gravação do Workshop de Acesso Aberto USP para Equipes de Bibliotecas da USP – 2019

Confira a gravação do Workshop sobre Acesso Aberto para Equipes de Bibliotecas da USP, realizado hoje (10 de junho de 2019) no Auditório do IEA/USP. Link: https://www.youtube.com/watch?v=ndLLiAKe3e8 

workshop-para-equipes-de-biblioteca-2019

O objetivo geral do Workshop foi compartilhar e atualizar informações sobre o Acesso Aberto aos colaboradores das Bibliotecas do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP)

Workshop sobre Acesso Aberto para Equipes de Bibliotecas da USP
Data: 10 de junho de 2019
Horário: 10h – 12h
Local: Auditório do IEA (Antiga Sala do CO)
Rua da Praça do Relógio, 109 – Térreo – Bloco L
05508-050 – São Paulo – SP

Público-alvo: equipes das Bibliotecas do SIBiUSP

Ministrantes: Elisabeth Dudziak e Waldo de Oliveira (DT/SIBiUSP)

== Programação ==

O que é acesso aberto
Portaria de acesso aberto da Fapesp
Seleção de revistas para publicação
Políticas de arquivamento das revistas
Atendimento ao usuário – Autor

Perguntas e sugestões

Publicado em Notícias Marcado com: 2019, Acesso Aberto, Atendimento ao usuário, Autores USP, BDPI, Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP, Bibliotecários, Bibliotecas USP, Budapest Open Access Initiative, Creative Commons, Evento, Orientações, Permissões, Políticas, Portaria de acesso aberto da Fapesp, Repositório da Produção USP, Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, USP Universidade de Sao Paulo, Versões dos documentos, Vídeos, Workshop, Workshop sobre Acesso Aberto para Equipes de Bibliotecas da USP

Novo relatório do ISI – Web of Science sobre o Plano S levanta questões para a comunidade de pesquisa

Um novo relatório sobre o Plano S [1] do Institute for Scientific Information (ISI), usando dados da Web of Science, coloca uma série de questões para a comunidade de pesquisa, incluindo financiadores, editores e instituições. Este é o segundo relatório da série Global Research do recentemente relançado ISI.

O relatório intitulado “A pegada do Plano S: implicações para o panorama da publicação acadêmica” (em inglês “The Plan S footprint: Implications for the scholarly publishing landscape“) [1] examina os padrões recentes de publicações financiadas pelos apoiadores do Plano S, explorando potenciais impactos sobre os próprios financiadores, áreas de pesquisa, países, editoras e revistas. Esta matéria é uma tradução livre do relatório e apresenta os principais resultados.

O relatório fornece informações para análise e debate sobre uma transição no sistema de pesquisa. O Plano S, lançado pela Science Europe em 4 de setembro de 2018, destina-se a aumentar o acesso aberto (OA) a dados e resultados de pesquisa produzidos com financiamento público por pesquisadores. Vinte agências financiadoras aderiram ao Plano S em dezembro de 2018. Espera-se que o acesso aberto acelere a descoberta e a inovação científica. O Plano S requer que os resultados da pesquisa financiada por organizações signatárias seja publicada em repositórios abertos ou em periódicos onde todos os artigos são acessíveis ao público em acesso aberto. Este relatório analisa padrões recentes de documentos financiados por apoiadores do Plano S usando perspectivas relacionadas aos financiadores, países, editores e periódicos.

Jonathan Adams, diretor do Institute for Scientific Information, disse: “Nosso relatório, baseado em dados de periódicos tirados do Web of Science Core Collection, procura fornecer uma análise de fundo imparcial e baseada em dados para informar o debate sobre uma mudança potencialmente transformadora na política de pesquisa. O relatório levanta uma série de questões para consideração por financiadores, editores e instituições ao explorar possíveis maneiras de implementar o Plano S.”

O relatório coloca as seguintes questões, que são apoiadas por dados:

  • Algumas áreas de pesquisa têm muito poucos periódicos que estão atualmente em conformidade com o Plan S. Sem uma transição cuidadosamente estruturada para permitir o surgimento de novos títulos, existe o risco de restrições incomuns e disjunções nas oportunidades de publicação em assuntos afetados?
  • As citações não são uma métrica definidora de qualidade, mas a reestruturação da disseminação de artigos bem citados pode ter conseqüências contingenciais não planejadas?
  • Como a mudança para o Gold Open Access e as APCs associadas pode ser gerenciada de forma eqüitativa para proteger as posições de pesquisadores não financiados nas economias do G20 e de uma disseminação mais ampla de autores em regiões emergentes de pesquisa?
  • As grandes editoras, com diversos títulos estáveis, serão influentes nas discussões, mas há muitas pequenas editoras, incluindo aquelas ligadas a sociedades acadêmicas, que publicam uma parte importante da produção financiada pelo Plano S em séries centrais de sua disciplina. A transição será mais difícil para eles e, em caso afirmativo, isso pode ser gerenciado de forma eficaz, mas flexível?

O conjunto de dados do relatório é composto por registros de publicações retirados dos mais de 20.000 periódicos da Coleção Principal do Web of Science. Esses registros foram filtrados para o conteúdo publicado em 2017 e os documentos incluem artigos e resenhas. Anais (proceedings) não são identificados como um tipo de documento nas propostas do Plano S.

Os registros de documentos no Web of Science contêm “agradecimentos”, que incluem fontes de financiamento. Estes foram utilizados para identificar documentos patrocinados por organizações financiadoras relacionadas ao Plano S, por referência cruzada a uma lista de variantes financiadoras com curadoria manual. Isso permitiu uma ampla captura de documentos que seriam afetados pelos mandatos do Plano S. Não foi possível identificar o financiamento do Plano S em alguns casos e também alguns documentos não foram incluídos por falta de dados ou variações obscuras de nomes de autores. Os financiadores do Plano S respondem por cerca de 6% dos artigos indexados na Web of Science. Eles estão concentrados em cerca de 10.000 dos 20.000 periódicos indexados. Os registros financiados pelo Plano S, portanto, representam uma estimativa mínima dos trabalhos do Plano S publicados e indexados na Web of Science. Confira alguns resultados a seguir.

Financiadores
Alguns financiadores de pesquisa já endossaram as propostas do Plano S para ampliar o acesso aberto. A pesquisa que eles apoiam representa cerca de 6,4% dos artigos publicados e indexados na base Web of Science em 2017; a União Europeia financiou cerca de metade disto. Embora a conformidade com o acesso aberto já seja substancial, a proporção varia de acordo com o financiador.

Áreas de pesquisa
Os mandatos existentes em áreas de pesquisa bem financiadas pelas organizações do Plano S levaram ao cumprimento relativamente alto do acesso aberto. Outras áreas de pesquisa como Ciências Sociais, recebem relativamente menos financiamento do Plano S e têm menor conformidade. Áreas de pesquisa significativamente desafiadoras considerando o Plano S são aquelas que atualmente demonstram baixa adequação ao acesso aberto. Revistas atualmente em conformidade com o plano S não estão distribuídas uniformemente nas distintas áreas de pesquisa.

Frequência de citação
Em 2017, a contagem de citações das publicações de pesquisas financiadas pelo Plano S é maior, em média são mais frequentemente citados que outros papers, e isso é verdade em todas as áreas de pesquisa.

Países
Sob o Plano S, alguns países europeus publicariam mais de 40% de seus resultados em acesso aberto. Isso pode chegar a 50% onde o financiador nacional também é um apoiador do Plano S.

Cerca de 19% dos documentos europeus gerados em colaboração a partir de financiamentos internacionais europeus são apoiados pelos financiadores do Plano S e, portanto, envolvem pesquisadores não participantes do Plano S. Os Estados Unidos são (em termos absolutos) o segundo maior produtor de artigos que reconhecem o financiamento do Plano S e uma alta proporção dos resultados de algumas instituições é suportado pelo Plano S. Mas o governo dos EUA ainda tem que endossar o plano.

Publishers
No panorama dos dados dos editores, é possível desenhar um cenário diverso entre as 200 maiores casas publicadoras, que coletivamente publicam 95% dos documentos reconhecidos pelos financiadores do Plano S. Existem aqueles que não são fortemente afetados; outros pouco afetados; alguns (incluindo grandes casas publicadoras) afetados significativamente; e os editores de acesso aberto que estão bem posicionados. Casas menores, incluindo algumas sociedades acadêmicas, apresentam situações diversas e não estão prontamente categorizadas.

Revistas
Os resultados financiados pelo Plano S perfazem menos de 7% dos periódicos globais, mas eles são bem citados, publicados em periódicos de alto impacto e, muitas vezes, em revistas de grandes editoras. Eles influenciarão o panorama editorial. Cerca de 90.000 documentos publicados do Plan S em periódicos híbridos precisam ser “realojados” se os periódicos não mudarem integramente para o acesso aberto. Existem poucas revistas híbridas com um percentual médio a alto de acesso aberto que podem mudar prontamente. Isso implica em decisões empresariais desafiadoras. Alguns dos principais periódicos multidisciplinares contêm até um terço de seu conteúdo publicado relacionado ao Plano S, mas não são compatíveis com o Plano S. Os periódicos de sociedades têm um papel central na comunicação em seu campo de pesquisa, mas nem sempre são de acesso aberto. A realocação dos títulos para o acesso aberto representaria 29% do movimento global no volume de artigos mais bem citados em relação aos já existentes, o que pode ser perturbador em algumas áreas de pesquisa.

No caso dos três principais periódicos interdisciplinares (Nature, Science e PNAS), o número e a porcentagem de artigos publicados em 2017, que reconheceu um financiador do Plano S está demonstrado na tabela a seguir.

Recursos
O custo da publicação mudará, de ex post, pago pelo leitor ou por sua biblioteca, normalmente através de uma taxa de assinatura, para tornar-se ex ante, uma obrigação do autor ou de seu financiador, para pagar as taxas de publicação do artigo (APC). Isso exigiria um redirecionamento de cerca de € 150 milhões. Esses custos de pesquisa recairão sobre os financiadores. Não se sabe se os recursos estão disponíveis para apoiar todos os autores afetados. Hoje, a taxa cobrada pelos editores pela publicação de artigos em acesso aberto varia mas, em média, fica £ 2.401 em um periódico híbrido e £ 1.943 em um periódico listado no DOAJ (conforme relatado pelo Wellcome Trust).

Considerações finais

Já se passaram mais de 15 anos desde a publicação das Declarações de Budapeste (2003), Berlim e Bethesda (2004). Desde então, houve uma expansão significativa da publicação em acesso aberto e uma conscientização geral da importância do apoio a políticas de pesquisa aberta. Há também o reconhecimento de que nem todas as disciplinas estão prontas para o acesso aberto diante da atual estrutura de financiamento e a disponibilidade de revistas. De qualquer modo, representa uma mudança que, para ser implantada, necessita amplo diálogo entre os atores envolvidos.

== REFERÊNCIA ==

[1] QUADERI, Nandita ; HARDCASTLE, James; PETROU, Christos; SZOMSZOR, Martin. The Plan S footprint: Implications for the scholarly publishing landscape. Disponível em: https://clarivate.com/g/plan-s-footprint/ Acesso em: 15 março 2019.

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Workshop Ciência Aberta e a Gestão de Dados de Pesquisa: Iniciativas USP e FAPESP

A Biblioteca do Instituto de Matemática e Estatística e o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP têm a honra de convidá-lo(a) para o “Workshop Ciência Aberta e a Gestão de Dados de Pesquisa: Iniciativas USP e FAPESP” a ser realizado no Instituto de Matemática e Estatística.

A Ciência Aberta é um movimento internacional de prática científica que valoriza a disponibilização das informações científicas e com isso propicia a ampla comunicação e difusão das pesquisas à sociedade. O objetivo do evento é promover o debate sobre gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa, como forma de estimular a colaboração entre pesquisadores e também a evolução do conhecimento científico.

A gestão de dados de pesquisa e os repositórios asseguram que conjuntos de dados produzidos por pesquisadores individuais ou grupos de pesquisa possam ser compartilhados e também reaproveitados em outras pesquisas, com transparência e reprodutibilidade.

Portanto, aproveite a oportunidade para saber mais e debater sobre esse assunto tão atual e importante assistindo as palestras dos conceituados professores e pesquisadores Dr. Roberto Marcondes Cesar Junior e Dra. Fátima L. S. Nunes, com a mediação da Chefe Técnica da Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação do SIBiUSP, Dra. Elisabeth Adriana Dudziak. 

Data: 03 de abril de 2019
Horário: 14h30 – 16h30
Local: Auditório Jacy Monteiro – Térreo
Instituto de Matemática e Estatística
Rua do Matão, 1010 – Cidade Universitária – Butantã
05508-090 – São Paulo – SP
Inscrições: https://www.doity.com.br/ciencia-aberta-gestao-de-dados-de-pesquisa-usp-e-fapesp
O evento é gratuito e aberto a todos os interessados. Serão emitidos certificados de participação. 
Slides da palestra da Professora Fatima Nunes (EACH/USP) já estão disponíveis. 

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Para mover a pesquisa de quantidade para qualidade, vá além das boas intenções

O cientista-chefe australiano Alan Finkel pede ações formais para melhorar as práticas de pesquisa. Esta é uma tradução livre da matéria publicada na revista Nature de 19 de fevereiro de 2019 [1]. 

Em 1969, eu cabulei a escola para assistir a aterrissagem da Lua em casa. Cinquenta anos depois, luto para pensar em um evento que justificaria a evasão hoje. Não é por falta de avanços impressionantes em pesquisa, mas sim pela frequência deles: se as crianças negligenciassem sua escola toda vez que a televisão relatasse outro marco científico que minha geração dificilmente ousaria contemplar, elas acabariam sem nenhuma educação.

No entanto, há um crescente rumor de preocupação com o rigor e a reprodutibilidade das pesquisas publicadas. Problemas de análise excessiva e currículos inchados são bem conhecidos. Incentivos financeiros e de carreira mantêm os pesquisadores em uma esteira, produzindo papers.

Não podemos saber quantos dos cerca de 1,6 milhão de documentos adicionados ao banco de dados da Web of Science são defeituosos, mas podemos concordar que nosso foco tem que mudar de quantidade para qualidade se quisermos nos proteger contra o trabalho de má qualidade. 

Como?

Como cientista-chefe da Austrália, sou encarregado de aconselhar nossos funcionários do governo e defender a melhor ciência nacional e global. No final do ano passado, organizei uma mesa redonda de alto nível em Canberra para discutir as abordagens que foram julgadas e como as melhores delas poderiam ser convertidas em compromissos. Reunimos mais de uma dúzia de vice-reitores, chefes de agências de financiamento, vice-reitores, cientistas-chefes, pesquisadores seniores e especialistas em publicações, inclusive Philip Campbell, ex-editor-chefe da Nature. Nós falamos honestamente sobre tópicos difíceis.

Eu saí com várias idéias sobre como saltar das boas intenções para uma pesquisa melhor.

Mais do que tudo, devemos abandonar a suposição de que um sistema de aprendizado passivo funciona. Tive a sorte de aprender com um grande cientista, o neurocientista Steve Redman, da Universidade Nacional da Austrália, em Canberra. Ele nos jogava em águas profundas para nos ensinar a nadar. Mas dificilmente nos afogávamos. Ficamos imersos em um ambiente em que os trabalhos demoravam e as perguntas e a autorreflexão eram encorajadas. Redman deu-me margem de manobra e introduções para obter os conhecimentos de que eu precisava, incentivando-me a fazer cursos de graduação, passar semanas no laboratório de um colega e aprender o essencial com os técnicos. Naquela “piscina”, desenvolvi uma profunda compreensão do que significa ser cientista, sem nenhum treinamento especializado do sistema científico.

As instituições devem fornecer instruções explícitas em integridade de pesquisa, gerenciamento de dados e expectativas profissionais.

Não é assim hoje. Não podemos mais confiar em um modelo que pressupõe tempo e recursos que nossos mentores não possuem. As instituições devem fornecer instruções explícitas em integridade de pesquisa, gerenciamento de dados e expectativas profissionais. A formação já é obrigatória em algumas jurisdições e aplicações. Por exemplo, nos Estados Unidos, bolsas de treinamento geralmente exigem cursos de conduta responsável em pesquisa. As pessoas que trabalham com animais na Austrália devem completar um curso de manejo de animais. No entanto, todo esse treinamento varia amplamente em qualidade e é frequentemente visto como um exercício pro forma. Para garantir que o treinamento seja um tempo bem gasto, os programas devem ser acreditados, práticos e respeitados.

As instituições também devem ser obrigadas a treinar supervisores de PhD em orientação e em papéis de líderes na criação de uma cultura de pesquisa saudável. Além disso, os supervisores e mentores devem ser julgados não pela contagem, mas por declarações de impacto sobre os projetos e progressão na carreira de pelo menos dois estudantes de doutorado; idealmente, pelo menos uma mulher e um homem. Não conheço instituições que atualmente exijam tal prática.

Em seguida, as instituições devem atender aos crescentes pedidos para abandonar a contagem de papers e métricas similares para avaliar os pesquisadores. Uma abordagem alternativa, a Regra dos Cinco, demonstra um compromisso claro com a qualidade: os candidatos apresentam seus cinco melhores artigos nos últimos cinco anos, acompanhados de uma descrição da pesquisa, seu impacto e sua contribuição individual. Os números exatos são imateriais: o que importa é o foco na qualidade. Um punhado de instituições exigiu que os revisores considerassem contribuições individuais em vez de listas de publicações, e a mudança não foi fácil. Os revisores devem ser orientados em relação índices-H e listas de citações dos indivíduos pesquisados no Google , por exemplo. Perseverança e auto-reflexão são essenciais.

Os financiadores devem assumir a liderança para impulsionar essas mudanças. Apenas os candidatos que concluíram um programa de treinamento de integridade credenciado devem ser elegíveis para subsídios. Agências como o Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália já adotaram a Regra de Cinco para alguns programas. Eles devem ir além e garantir que as avaliações dêem importância à contribuição de um candidato para práticas profissionais – como orientação e revisão por pares.

As revistas precisam passar de distribuidores de conhecimento para guardiãs do conhecimento. Guardiões não publicam e esquecem.

As revistas precisam passar de distribuidores de conhecimento para guardiãs do conhecimento. Guardiões não publicam e esquecem. Eles garantem que os dados permaneçam acessíveis e priorizam as preocupações sobre a qualidade da pesquisa. Isso inclui investigações imediatas quando se suspeita que a pesquisa publicada é falha. Um artigo retratado não deve desaparecer. Deve ser claramente marcado como ‘RETRACTED’ nos sites dos periódicos e alguns esforços devem ser feitos para notificar os leitores e citadores sobre o assunto. Essas normas foram codificadas pelo Comitê de Ética da Publicação e pelo Center for Open Science. A adoção dessas normas ficam restritas aos editores e, como resultado, as retratações se propagam incessantemente. Análises descobriram que muitos artigos recebem mais citações após a retratação do que antes.

As pessoas respondem aos incentivos. A mudança virá apenas quando os financiamentos e promoções estiverem condicionados às melhores práticas. Se isso não acontecer, ainda estaremos falando sobre esse assunto durante os próximos desembarques na Lua.

[1] FINKEL, Alan. To move research from quantity to quality, go beyond good intentions. Nature 566, 297 (2019) Disponível em: https://doi.org/10.1038/d41586-019-00613-z Acesso em: 5 março 2019.

Publicado em Notícias Marcado com: 2019, Nature, Pesquisa, qualidade, Quality, research

Recomendações para a gestão de dados de pesquisa dirigidas aos pesquisadores (2019)

É consenso que dados de pesquisa adquiriram grande importância em anos recentes. Sua relevância tem aumentado dia a dia, à medida que pesquisadores, bibliotecas, universidades e financiadores têm adotado políticas e procedimentos de descrição, armazenamento e preservação desses dados.

O documento intitulado Recomendaciones para la gestión de datos de investigación dirigidas a investigadores, de autoria de Remedios Melero [1], faz parte dos resultados da Rede Espanhola de Dados Abertos de Pesquisa MareData [2] e fornece um total de 17 recomendações para o gerenciamento de dados de pesquisa, precedido por uma introdução para contextualizar a importância do compartilhamento, para facilitar o acesso e reutilização de dados de pesquisa e sua preservação. Nesta matéria, reproduzimos algumas destas recomendações.

Existem inúmeras razões para compartilhar os dados da pesquisa:
• Promover a inovação e a reutilização de dados que possam potencialmente ter novos usos.
• Facilitar a colaboração entre usuários de dados, criadores de dados e reutilizadores.
• Maximizar a transparência e confiabilidade dos dados.
• Favorecer a reprodutibilidade de testes experimentais.
• Permitir a verificação dos resultados da pesquisa.
• Reduzir os custos evitando a duplicação de dados.
• Aumentar o impacto e a visibilidade da pesquisa.
• Promover os projetos de pesquisa de onde provêm os dados e suas publicações.
• Gerar um reconhecimento direto dos pesquisadores que produzem
dados, como em qualquer outro resultado de pesquisa.

Segundo o modelo sugerido pelo grupo de especialistas da Comissão sobre os dados FAIR, o ecossistema de dados é composto: pelas políticas que regulam e definem os dados, os planos de gestão de dados, os identificadores, os padrões, os repositórios de confiança e os serviços em nuvem onde são armazenados os dados. Estes componentes devem se desenvolver a partir de quatro elementos chave: competências,  métricas (metrics), o sistema de reconhecimento (recompensas) e investimentos que tornam tudo isso possível (Figura 1) [3].

Nesse ecossistema, os objetos de dados FAIR são compostos por seus arquivos de dados, por um identificador persistente, por uma descrição dos padrões e formatos usados na obtenção, representação, visualização de dados, etc., e os metadados que descrevem os conjuntos de dados que permitem sua interpretação e reutilização (figura 2) [4].

REC1. Adotar os princípios do programa FAIR e facilitar a produção científica aberta, de forma legal e reutilizável. A adoção dos princípios do FAIR implica que o dado de pesquisa:

Seja localizável (localizável):
• F1 Atribuir um identificador exclusivo e persistente aos dados e metadados.
• F2 Descrever dados com metadados ricos (isto é, adicionar declarações semânticas, anotações, etc.) aos dados que eles descrevem, o que melhora a qualidade dos metadados).
• F3 Registrar e indexar dados e metadados em um sistema (repositório, serviço, etc.) que possui um mecanismo de pesquisa.
• F4. Incluir um elemento de metadados específico para o identificador persistente dos dados.

Seja acessível (acessível):
• A1. Usar protocolos padronizados para recuperar dados e metadados
pelo seu identificador.
• A1.1 Os protocolos devem ser abertos, gratuitos e universalmente aplicáveis.
• A1.2 Os protocolos também devem permitir um procedimento de autenticação e autorização, se necessário.
• A2. Garantir a disponibilidade de acessibilidade aos metadados, mesmo que os dados não estejam mais disponíveis.

Seja interoperável (interoperável):
• I1 Usar linguagens formais (acessíveis, compartilhadas e padronizadas) para representam dados e metadados.
• I2 Descrever dados e metadados com vocabulários (esquemas, ontologias,
etc.) que também seguem os princípios do FAIR.
• I3 Incluir referências cruzadas e links entre dados e metadados.

Seja reutilizável (reutilizável):
• R1 Assegurar-se de que os dados e metadados utilizados tenham uma variedade de elementos ou atributos precisos e relevantes.
• R1.1. Publicar dados e metadados com uma licença de reutilização clara e acessível.
• R1.2. Usar critérios de proveniência (criação, atribuição e histórico de versão) para associar metadados aos dados durante seu ciclo de vida.
• R1.3. Garantir que os dados e os padrões de metadados utilizados estejam de acordo com os padrões comuns da área de conhecimento a que os dados se referem.

Algumas recomendações selecionadas:

REC. Selecione os dados que tenham interesse para usos futuros.
• Às vezes, não é necessário preservar todos os dados gerados ao longo de um projeto de pesquisa: “limpe seus dados” e escolha aqueles que possam ser úteis.
REC. Aplique os princípios do FAIR também aos metadados e ao plano de gerenciamento de dados.
• Os metadados que descrevem seus dados, bem como o próprio plano de gerenciamento de dados, no qual documenta todo o processo de gerenciamento que o projeto seguirá para os dados, eles também devem ser localizáveis, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis em si mesmos.

REC. Indique no plano de gerenciamento de dados se os dados foram consultados ou reutilizados já existente em vez de obtê-los novamente (evitar a redundância).

REC. Forneça uma descrição detalhada das condições em que os experimentos tenham sido feitos, para que possam ser reproduzidos.
• Não esqueça de considerar também os resultados negativos, pois é relevante conhecê-los para evitar repetições desnecessárias.

REC. Identifique o repositório de confiança mais apropriado (repositório confiável) para depositar os dados.

REC. Verifique os termos ou requisitos das políticas referentes aos dados de pesquisa. Agências de financiamento, centros de pesquisa e universidades e, cada vez mais, também revistas científicas, têm suas próprias políticas em relação aos dados da pesquisa.

REC. Promova a citação de conjuntos de dados como qualquer outro recurso bibliográfico.

REC. Leve em consideração, especialmente nas disciplinas que envolvem trabalhar com seres vivos, os códigos de conduta apropriados e internacionalmente reconhecidos.

Las recomendaciones #Maredata: ¿nos ayudas a compartirlas? https://t.co/hi82RptvFp #maredata #gestióndatos con @reme_melero pic.twitter.com/ViRGZpK2bJ

— maredata (@maredataproject) February 6, 2019

== Referências ==

[1] MELERO, Remedios. Recomendaciones para la gestión de datos de investigación dirigidas a investigadores. MareData, 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/10261/173801 Acesso em: 11 jan. 2019.

[2] MareData – http://www.maredata.net – é uma rede temática financiada pelo Ministério da Economia Competitividade no âmbito do convite à apresentação de Ações de dinamização «Redes de Excelência» do Programa Estadual para a Promoção da Pesquisa Científica e Técnica de Excelência, Subprograma Estadual de Geração de Conhecimento, no âmbito do Plano Estadual de Pesquisa e Inovação Científica e Técnica 2013-2016 (CSO2015-
71867-REDT). A rede foi criada e gerenciada por sete grupos de trabalho de pesquisa de diferentes instituições (Instituto de Agroquímica y Tecnología de Alimentos-CSIC, Instituto de Gestión de la Innovación y el Conocimiento-CSIC, Universidad de Alicante, Universitat de Barcelona, Universidad Carlos III de Madrid, Universitat Oberta de Catalunya y Universitat Politècnica de València) cujas linhas de pesquisa estão relacionadas à gestão de dados de pesquisa: interoperabilidade, publicação, acesso, localização, preservação e métricas de impacto.

[3] HODSON, Simon; JONES, Sarah; COLLINS, Sandra; [et al.] FAIR Data Action Plan: interim recommendations and actions from the European Commission Expert Group on FAIR data. June. 2018a. 21 p. Disponível em: https://zenodo.org/record/1285290#.WyOWGSB9jt4 Acesso em: 11 fev. 2019.

[4] HODSON, Simon; JONES, Sarah; COLLINS, Sandra; [et al.] Turning FAIR data into reality: interim report from the European Commission Expert Group on FAIR data. June. 2018b https://zenodo.org/record/1285272#.W7uasPmYSCg Acesso em 11 fev. 2019.

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Esquema de Metadados DataCite: Documentação para a Publicação e Citação de dados de pesquisa

A pesquisa acadêmica está produzindo quantidades cada vez maiores de dados de pesquisa e depende desses dados para verificar os resultados da pesquisa, criar novas pesquisas e compartilhar descobertas. Neste contexto, o que até pouco tempo atrás não existia era uma abordagem persistente de acesso, identificação, compartilhamento e reutilização de conjuntos de dados. 

Para atender a essa necessidade, o consórcio internacional DataCite foi fundado no final de 2009 com estes três objetivos fundamentais:

● estabelecer um acesso mais fácil aos dados de pesquisa científica na Internet,
● aumentar a aceitação de dados de pesquisa como contribuições legítimas e citáveis para o registro científico e
● dar suporte ao arquivamento de dados que permitirá que os resultados sejam verificados e redefinidos para estudo futuro.

Para que os dados de pesquisa sejam efetivamente descobertos e recuperados, é necessário pensar em sua descrição e registro a partir de um conjunto robusto de propriedades mandatórias, recomendadas e/ou opcionais. Nesse sentido, é importante considerar o esquema de metadados do DataCite.

O Esquema de Metadados do DataCite

O DataCite Metadata Schema é uma lista de propriedades principais de metadados escolhidas para uma identificação consistente de um recurso para fins de citação e recuperação, juntamente com instruções de uso recomendado (definições e usos dos metadados). O recurso que está sendo identificado pode ser de qualquer tipo, mas geralmente é um conjunto de dados. Esse trabalho foi diligentemente realizado pelo Grupo de Metadados do DataCite, que continua colaborando com o Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) Science and Metadata Community (SAM) para manter o esquema Dublin Core Application Profile. 

As propriedades do esquema de metadados são apresentadas e descritas em detalhes em DataCite Metadata Properties [1].  

O Esquema de Metadados DataCite é apresentado a seguir e as propriedades e subpropriedades dos metadados são fornecidas na Seção Propriedades do DataCite. As propriedades listadas na Tabela 1 têm o nível obrigatório e devem ser fornecidas sempre que metadados forem enviados ao DataCite. As propriedades listadas na Tabela 2 exibem os níveis Recomendadas ou Opcionais, significando que podem ser fornecidas ao enviar metadados ao DataCite.

Propriedades Obrigatórias – Mandatórias (M) devem ser fornecidas sempre que dados de pesquisa forem registrados no DataCite (Tabela 1)

Há também elementos recomendados (R) que são opcionais, mas altamente recomendados para interoperabilidade e outras propriedades Opcionais (O), que podem ou não ser usadas, mas que fornecem uma descrição mais detalhada (Tabela 2).

É importante também observar a descrição de cada propriedade, a fim de preencher adequadamente os metadados. Confira os exemplos abaixo relativos ao Publisher e ao Publication Year.

Há também diferentes tipos de dados/conteúdos de pesquisa, que vão além dos conjuntos de dados (datasets). O termo “conjunto de dados” é utilizado aqui em seu sentido mais amplo. Isso significa incluir não apenas dados numéricos, mas quaisquer outros objetos de pesquisa. É importante consultar essas Tabelas do Datacite antes de prever que tipos de dados e metadados serão cadastrados. Prepare-se, consulte, saiba mais sobre isso.

== Referência ==

DataCite Metadata Working Group. (2017). DataCite Metadata Schema Documentation for the Publication and Citation of Research Data. Version 4.1. DataCite e.V. 10.5438/0014.  https://schema.datacite.org/meta/kernel-4.1/doc/DataCite-MetadataKernel_v4.1.pdf  Acesso: 11 fev. 2019.

Publicado em Notícias Marcado com: 2019, Dados de pesquisa, Datacite, Metadados, Open Science

Curadoria de dados de pesquisa: o que é isso e como começar?

SIBiUSP 2019

Por Elisabeth Dudziak

A curadoria de dados de pesquisa é o processo de gerenciamento de dados de pesquisa durante todo o seu ciclo de vida para disponibilidade em longo prazo e reusabilidade. 

Agências de financiamento, universidades e governos têm valorizado a gestão de dados de pesquisa, uma vez que o acesso aos dados de aumenta a eficiência das atividades e o financiamento de pesquisa. Assim, muitas universidades estabeleceram ou planejam estabelecer serviços de curadoria de dados de pesquisa como parte de seus Repositórios Institucionais [1]. Entretanto, de nada adianta manter Repositórios Institucionais de Dados de Pesquisa se não houver envolvimento dos docentes, alunos e funcionários, bem como bons serviços de orientação e curadoria de dados de pesquisa.

Nesse cenário, qual é o papel do bibliotecário ou gestor de dados de pesquisa?

Quais são as práticas de curadoria de dados de pesquisa em repositórios institucionais que devem ser adotadas?

Antes mesmo de iniciar suas atividades de pesquisa, o pesquisador deve elaborar um Plano de Gestão de Dados e o bibliotecário pode apoiar o pesquisador nesse momento. Um bom Plano de Gestão de Dados já é meio caminho andado para um eficiente depósito e cadastro do conjunto de dados de uma pesquisa no Repositório Institucional. 

Reuniões e entrevistas com os pesquisadores para avaliar seus dados e necessidades de curadoria são recomendadas pois afetam positivamente as atividades posteriores que envolvem os dados. As reuniões determinam que tipo de ajuda os pesquisadores (fornecedores de dados) precisam: como os dados e a documentação de dados podem ser organizados, quais os melhores formatos e a nomeação de arquivos, além dos metadados mais apropriados. 

Dessa forma, em poucas palavras, serviços de curadoria de dados científicos incluem, mas não se limitam a:

  1. Receber solicitação de depósito de dados de pesquisa;
  2. Validar os dados do pesquisador; 
  3. Receber e transferir o Plano de Gestão de Dados do pesquisador para o Repositório;
  4. Receber e transferir os dados de pesquisa do pesquisador para o Repositório;
  5. Converter dados para diferentes formatos e/ou renomear arquivos;
  6. Identificar, adicionando metadados e descritores aos conjuntos de dados;
  7. Selecionar o período de preservação do conjunto de dados (curto, longo ou permanente);
  8. Selecionar o nível de acesso aos dados (público, embargado, restrito);
  9. Carregar e publicar o PGD e os dados depositados;
  10. Atribuir e ativar o DOI aos dados;
  11. Garantir a descoberta desses dados pelos mecanismos de busca como Google Data, por exemplo; 
  12. Manter os dados atualizados replicados em outros repositórios, para garantir sua preservação e acesso;
  13. Analisar o acesso e reúso dos dados;
  14. Elaborar Guias e Tutoriais baseados nas políticas institucionais e melhores práticas.

Longe de esgotar as discussões sobre o assunto, a ideia é começar a desmistificar o tema para iniciar o planejamento desse novo serviço na Biblioteca. Nesse processo, é importante refletir sobre as necessidades do pesquisador, as políticas adotadas pela instituição e as melhores práticas com relação à curadoria de dados de pesquisa para então adaptar os procedimentos a cada área de conhecimento, comunidade de pesquisa e realidade da Biblioteca.

== REFERENCIAS ==

[1] LEE, Dong Joon; STVILIA, Besiki. Practices of research data curation in institutional repositories: A qualitative view from repository staff. PLOS One, v.12, n.3, e0173987, 2017. Disponível em: <https://doi.org/10.1371/journal.pone.0173987> Acesso em: 22 dez. 2018.

Como citar este post [ABNT/NBR 6023]:

DUDZIAK, Elisabeth Adriana. Curadoria de dados de pesquisa: o que é isso e como começar? São Paulo: SIBiUSP, Jan. 2019. Disponível em: < https://www.aguia.usp.br/noticias/curadoria-de-dados-de-pesquisa-o-que-e-isso-e-como-comecar/> Acesso em: DD mês. AAAA.

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