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Gravação do Workshop de Acesso Aberto USP para Equipes de Bibliotecas da USP – 2019

Confira a gravação do Workshop sobre Acesso Aberto para Equipes de Bibliotecas da USP, realizado hoje (10 de junho de 2019) no Auditório do IEA/USP. Link: https://www.youtube.com/watch?v=ndLLiAKe3e8 

workshop-para-equipes-de-biblioteca-2019

O objetivo geral do Workshop foi compartilhar e atualizar informações sobre o Acesso Aberto aos colaboradores das Bibliotecas do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (SIBiUSP)

Workshop sobre Acesso Aberto para Equipes de Bibliotecas da USP
Data: 10 de junho de 2019
Horário: 10h – 12h
Local: Auditório do IEA (Antiga Sala do CO)
Rua da Praça do Relógio, 109 – Térreo – Bloco L
05508-050 – São Paulo – SP

Público-alvo: equipes das Bibliotecas do SIBiUSP

Ministrantes: Elisabeth Dudziak e Waldo de Oliveira (DT/SIBiUSP)

== Programação ==

O que é acesso aberto
Portaria de acesso aberto da Fapesp
Seleção de revistas para publicação
Políticas de arquivamento das revistas
Atendimento ao usuário – Autor

Perguntas e sugestões

Publicado em Notícias Marcado com: 2019, Acesso Aberto, Atendimento ao usuário, Autores USP, BDPI, Biblioteca Digital da Produção Intelectual da USP, Bibliotecários, Bibliotecas USP, Budapest Open Access Initiative, Creative Commons, Evento, Orientações, Permissões, Políticas, Portaria de acesso aberto da Fapesp, Repositório da Produção USP, Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, USP Universidade de Sao Paulo, Versões dos documentos, Vídeos, Workshop, Workshop sobre Acesso Aberto para Equipes de Bibliotecas da USP

Novo relatório do ISI – Web of Science sobre o Plano S levanta questões para a comunidade de pesquisa

Um novo relatório sobre o Plano S [1] do Institute for Scientific Information (ISI), usando dados da Web of Science, coloca uma série de questões para a comunidade de pesquisa, incluindo financiadores, editores e instituições. Este é o segundo relatório da série Global Research do recentemente relançado ISI.

O relatório intitulado “A pegada do Plano S: implicações para o panorama da publicação acadêmica” (em inglês “The Plan S footprint: Implications for the scholarly publishing landscape“) [1] examina os padrões recentes de publicações financiadas pelos apoiadores do Plano S, explorando potenciais impactos sobre os próprios financiadores, áreas de pesquisa, países, editoras e revistas. Esta matéria é uma tradução livre do relatório e apresenta os principais resultados.

O relatório fornece informações para análise e debate sobre uma transição no sistema de pesquisa. O Plano S, lançado pela Science Europe em 4 de setembro de 2018, destina-se a aumentar o acesso aberto (OA) a dados e resultados de pesquisa produzidos com financiamento público por pesquisadores. Vinte agências financiadoras aderiram ao Plano S em dezembro de 2018. Espera-se que o acesso aberto acelere a descoberta e a inovação científica. O Plano S requer que os resultados da pesquisa financiada por organizações signatárias seja publicada em repositórios abertos ou em periódicos onde todos os artigos são acessíveis ao público em acesso aberto. Este relatório analisa padrões recentes de documentos financiados por apoiadores do Plano S usando perspectivas relacionadas aos financiadores, países, editores e periódicos.

Jonathan Adams, diretor do Institute for Scientific Information, disse: “Nosso relatório, baseado em dados de periódicos tirados do Web of Science Core Collection, procura fornecer uma análise de fundo imparcial e baseada em dados para informar o debate sobre uma mudança potencialmente transformadora na política de pesquisa. O relatório levanta uma série de questões para consideração por financiadores, editores e instituições ao explorar possíveis maneiras de implementar o Plano S.”

O relatório coloca as seguintes questões, que são apoiadas por dados:

  • Algumas áreas de pesquisa têm muito poucos periódicos que estão atualmente em conformidade com o Plan S. Sem uma transição cuidadosamente estruturada para permitir o surgimento de novos títulos, existe o risco de restrições incomuns e disjunções nas oportunidades de publicação em assuntos afetados?
  • As citações não são uma métrica definidora de qualidade, mas a reestruturação da disseminação de artigos bem citados pode ter conseqüências contingenciais não planejadas?
  • Como a mudança para o Gold Open Access e as APCs associadas pode ser gerenciada de forma eqüitativa para proteger as posições de pesquisadores não financiados nas economias do G20 e de uma disseminação mais ampla de autores em regiões emergentes de pesquisa?
  • As grandes editoras, com diversos títulos estáveis, serão influentes nas discussões, mas há muitas pequenas editoras, incluindo aquelas ligadas a sociedades acadêmicas, que publicam uma parte importante da produção financiada pelo Plano S em séries centrais de sua disciplina. A transição será mais difícil para eles e, em caso afirmativo, isso pode ser gerenciado de forma eficaz, mas flexível?

O conjunto de dados do relatório é composto por registros de publicações retirados dos mais de 20.000 periódicos da Coleção Principal do Web of Science. Esses registros foram filtrados para o conteúdo publicado em 2017 e os documentos incluem artigos e resenhas. Anais (proceedings) não são identificados como um tipo de documento nas propostas do Plano S.

Os registros de documentos no Web of Science contêm “agradecimentos”, que incluem fontes de financiamento. Estes foram utilizados para identificar documentos patrocinados por organizações financiadoras relacionadas ao Plano S, por referência cruzada a uma lista de variantes financiadoras com curadoria manual. Isso permitiu uma ampla captura de documentos que seriam afetados pelos mandatos do Plano S. Não foi possível identificar o financiamento do Plano S em alguns casos e também alguns documentos não foram incluídos por falta de dados ou variações obscuras de nomes de autores. Os financiadores do Plano S respondem por cerca de 6% dos artigos indexados na Web of Science. Eles estão concentrados em cerca de 10.000 dos 20.000 periódicos indexados. Os registros financiados pelo Plano S, portanto, representam uma estimativa mínima dos trabalhos do Plano S publicados e indexados na Web of Science. Confira alguns resultados a seguir.

Financiadores
Alguns financiadores de pesquisa já endossaram as propostas do Plano S para ampliar o acesso aberto. A pesquisa que eles apoiam representa cerca de 6,4% dos artigos publicados e indexados na base Web of Science em 2017; a União Europeia financiou cerca de metade disto. Embora a conformidade com o acesso aberto já seja substancial, a proporção varia de acordo com o financiador.

Áreas de pesquisa
Os mandatos existentes em áreas de pesquisa bem financiadas pelas organizações do Plano S levaram ao cumprimento relativamente alto do acesso aberto. Outras áreas de pesquisa como Ciências Sociais, recebem relativamente menos financiamento do Plano S e têm menor conformidade. Áreas de pesquisa significativamente desafiadoras considerando o Plano S são aquelas que atualmente demonstram baixa adequação ao acesso aberto. Revistas atualmente em conformidade com o plano S não estão distribuídas uniformemente nas distintas áreas de pesquisa.

Frequência de citação
Em 2017, a contagem de citações das publicações de pesquisas financiadas pelo Plano S é maior, em média são mais frequentemente citados que outros papers, e isso é verdade em todas as áreas de pesquisa.

Países
Sob o Plano S, alguns países europeus publicariam mais de 40% de seus resultados em acesso aberto. Isso pode chegar a 50% onde o financiador nacional também é um apoiador do Plano S.

Cerca de 19% dos documentos europeus gerados em colaboração a partir de financiamentos internacionais europeus são apoiados pelos financiadores do Plano S e, portanto, envolvem pesquisadores não participantes do Plano S. Os Estados Unidos são (em termos absolutos) o segundo maior produtor de artigos que reconhecem o financiamento do Plano S e uma alta proporção dos resultados de algumas instituições é suportado pelo Plano S. Mas o governo dos EUA ainda tem que endossar o plano.

Publishers
No panorama dos dados dos editores, é possível desenhar um cenário diverso entre as 200 maiores casas publicadoras, que coletivamente publicam 95% dos documentos reconhecidos pelos financiadores do Plano S. Existem aqueles que não são fortemente afetados; outros pouco afetados; alguns (incluindo grandes casas publicadoras) afetados significativamente; e os editores de acesso aberto que estão bem posicionados. Casas menores, incluindo algumas sociedades acadêmicas, apresentam situações diversas e não estão prontamente categorizadas.

Revistas
Os resultados financiados pelo Plano S perfazem menos de 7% dos periódicos globais, mas eles são bem citados, publicados em periódicos de alto impacto e, muitas vezes, em revistas de grandes editoras. Eles influenciarão o panorama editorial. Cerca de 90.000 documentos publicados do Plan S em periódicos híbridos precisam ser “realojados” se os periódicos não mudarem integramente para o acesso aberto. Existem poucas revistas híbridas com um percentual médio a alto de acesso aberto que podem mudar prontamente. Isso implica em decisões empresariais desafiadoras. Alguns dos principais periódicos multidisciplinares contêm até um terço de seu conteúdo publicado relacionado ao Plano S, mas não são compatíveis com o Plano S. Os periódicos de sociedades têm um papel central na comunicação em seu campo de pesquisa, mas nem sempre são de acesso aberto. A realocação dos títulos para o acesso aberto representaria 29% do movimento global no volume de artigos mais bem citados em relação aos já existentes, o que pode ser perturbador em algumas áreas de pesquisa.

No caso dos três principais periódicos interdisciplinares (Nature, Science e PNAS), o número e a porcentagem de artigos publicados em 2017, que reconheceu um financiador do Plano S está demonstrado na tabela a seguir.

Recursos
O custo da publicação mudará, de ex post, pago pelo leitor ou por sua biblioteca, normalmente através de uma taxa de assinatura, para tornar-se ex ante, uma obrigação do autor ou de seu financiador, para pagar as taxas de publicação do artigo (APC). Isso exigiria um redirecionamento de cerca de € 150 milhões. Esses custos de pesquisa recairão sobre os financiadores. Não se sabe se os recursos estão disponíveis para apoiar todos os autores afetados. Hoje, a taxa cobrada pelos editores pela publicação de artigos em acesso aberto varia mas, em média, fica £ 2.401 em um periódico híbrido e £ 1.943 em um periódico listado no DOAJ (conforme relatado pelo Wellcome Trust).

Considerações finais

Já se passaram mais de 15 anos desde a publicação das Declarações de Budapeste (2003), Berlim e Bethesda (2004). Desde então, houve uma expansão significativa da publicação em acesso aberto e uma conscientização geral da importância do apoio a políticas de pesquisa aberta. Há também o reconhecimento de que nem todas as disciplinas estão prontas para o acesso aberto diante da atual estrutura de financiamento e a disponibilidade de revistas. De qualquer modo, representa uma mudança que, para ser implantada, necessita amplo diálogo entre os atores envolvidos.

== REFERÊNCIA ==

[1] QUADERI, Nandita ; HARDCASTLE, James; PETROU, Christos; SZOMSZOR, Martin. The Plan S footprint: Implications for the scholarly publishing landscape. Disponível em: https://clarivate.com/g/plan-s-footprint/ Acesso em: 15 março 2019.

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Workshop Ciência Aberta e a Gestão de Dados de Pesquisa: Iniciativas USP e FAPESP

A Biblioteca do Instituto de Matemática e Estatística e o Sistema Integrado de Bibliotecas da USP têm a honra de convidá-lo(a) para o “Workshop Ciência Aberta e a Gestão de Dados de Pesquisa: Iniciativas USP e FAPESP” a ser realizado no Instituto de Matemática e Estatística.

A Ciência Aberta é um movimento internacional de prática científica que valoriza a disponibilização das informações científicas e com isso propicia a ampla comunicação e difusão das pesquisas à sociedade. O objetivo do evento é promover o debate sobre gestão, compartilhamento e abertura de dados para pesquisa, como forma de estimular a colaboração entre pesquisadores e também a evolução do conhecimento científico.

A gestão de dados de pesquisa e os repositórios asseguram que conjuntos de dados produzidos por pesquisadores individuais ou grupos de pesquisa possam ser compartilhados e também reaproveitados em outras pesquisas, com transparência e reprodutibilidade.

Portanto, aproveite a oportunidade para saber mais e debater sobre esse assunto tão atual e importante assistindo as palestras dos conceituados professores e pesquisadores Dr. Roberto Marcondes Cesar Junior e Dra. Fátima L. S. Nunes, com a mediação da Chefe Técnica da Divisão de Gestão de Desenvolvimento e Inovação do SIBiUSP, Dra. Elisabeth Adriana Dudziak. 

Data: 03 de abril de 2019
Horário: 14h30 – 16h30
Local: Auditório Jacy Monteiro – Térreo
Instituto de Matemática e Estatística
Rua do Matão, 1010 – Cidade Universitária – Butantã
05508-090 – São Paulo – SP
Inscrições: https://www.doity.com.br/ciencia-aberta-gestao-de-dados-de-pesquisa-usp-e-fapesp
O evento é gratuito e aberto a todos os interessados. Serão emitidos certificados de participação. 
Slides da palestra da Professora Fatima Nunes (EACH/USP) já estão disponíveis. 

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Para mover a pesquisa de quantidade para qualidade, vá além das boas intenções

O cientista-chefe australiano Alan Finkel pede ações formais para melhorar as práticas de pesquisa. Esta é uma tradução livre da matéria publicada na revista Nature de 19 de fevereiro de 2019 [1]. 

Em 1969, eu cabulei a escola para assistir a aterrissagem da Lua em casa. Cinquenta anos depois, luto para pensar em um evento que justificaria a evasão hoje. Não é por falta de avanços impressionantes em pesquisa, mas sim pela frequência deles: se as crianças negligenciassem sua escola toda vez que a televisão relatasse outro marco científico que minha geração dificilmente ousaria contemplar, elas acabariam sem nenhuma educação.

No entanto, há um crescente rumor de preocupação com o rigor e a reprodutibilidade das pesquisas publicadas. Problemas de análise excessiva e currículos inchados são bem conhecidos. Incentivos financeiros e de carreira mantêm os pesquisadores em uma esteira, produzindo papers.

Não podemos saber quantos dos cerca de 1,6 milhão de documentos adicionados ao banco de dados da Web of Science são defeituosos, mas podemos concordar que nosso foco tem que mudar de quantidade para qualidade se quisermos nos proteger contra o trabalho de má qualidade. 

Como?

Como cientista-chefe da Austrália, sou encarregado de aconselhar nossos funcionários do governo e defender a melhor ciência nacional e global. No final do ano passado, organizei uma mesa redonda de alto nível em Canberra para discutir as abordagens que foram julgadas e como as melhores delas poderiam ser convertidas em compromissos. Reunimos mais de uma dúzia de vice-reitores, chefes de agências de financiamento, vice-reitores, cientistas-chefes, pesquisadores seniores e especialistas em publicações, inclusive Philip Campbell, ex-editor-chefe da Nature. Nós falamos honestamente sobre tópicos difíceis.

Eu saí com várias idéias sobre como saltar das boas intenções para uma pesquisa melhor.

Mais do que tudo, devemos abandonar a suposição de que um sistema de aprendizado passivo funciona. Tive a sorte de aprender com um grande cientista, o neurocientista Steve Redman, da Universidade Nacional da Austrália, em Canberra. Ele nos jogava em águas profundas para nos ensinar a nadar. Mas dificilmente nos afogávamos. Ficamos imersos em um ambiente em que os trabalhos demoravam e as perguntas e a autorreflexão eram encorajadas. Redman deu-me margem de manobra e introduções para obter os conhecimentos de que eu precisava, incentivando-me a fazer cursos de graduação, passar semanas no laboratório de um colega e aprender o essencial com os técnicos. Naquela “piscina”, desenvolvi uma profunda compreensão do que significa ser cientista, sem nenhum treinamento especializado do sistema científico.

As instituições devem fornecer instruções explícitas em integridade de pesquisa, gerenciamento de dados e expectativas profissionais.

Não é assim hoje. Não podemos mais confiar em um modelo que pressupõe tempo e recursos que nossos mentores não possuem. As instituições devem fornecer instruções explícitas em integridade de pesquisa, gerenciamento de dados e expectativas profissionais. A formação já é obrigatória em algumas jurisdições e aplicações. Por exemplo, nos Estados Unidos, bolsas de treinamento geralmente exigem cursos de conduta responsável em pesquisa. As pessoas que trabalham com animais na Austrália devem completar um curso de manejo de animais. No entanto, todo esse treinamento varia amplamente em qualidade e é frequentemente visto como um exercício pro forma. Para garantir que o treinamento seja um tempo bem gasto, os programas devem ser acreditados, práticos e respeitados.

As instituições também devem ser obrigadas a treinar supervisores de PhD em orientação e em papéis de líderes na criação de uma cultura de pesquisa saudável. Além disso, os supervisores e mentores devem ser julgados não pela contagem, mas por declarações de impacto sobre os projetos e progressão na carreira de pelo menos dois estudantes de doutorado; idealmente, pelo menos uma mulher e um homem. Não conheço instituições que atualmente exijam tal prática.

Em seguida, as instituições devem atender aos crescentes pedidos para abandonar a contagem de papers e métricas similares para avaliar os pesquisadores. Uma abordagem alternativa, a Regra dos Cinco, demonstra um compromisso claro com a qualidade: os candidatos apresentam seus cinco melhores artigos nos últimos cinco anos, acompanhados de uma descrição da pesquisa, seu impacto e sua contribuição individual. Os números exatos são imateriais: o que importa é o foco na qualidade. Um punhado de instituições exigiu que os revisores considerassem contribuições individuais em vez de listas de publicações, e a mudança não foi fácil. Os revisores devem ser orientados em relação índices-H e listas de citações dos indivíduos pesquisados no Google , por exemplo. Perseverança e auto-reflexão são essenciais.

Os financiadores devem assumir a liderança para impulsionar essas mudanças. Apenas os candidatos que concluíram um programa de treinamento de integridade credenciado devem ser elegíveis para subsídios. Agências como o Conselho Nacional de Saúde e Pesquisa Médica da Austrália já adotaram a Regra de Cinco para alguns programas. Eles devem ir além e garantir que as avaliações dêem importância à contribuição de um candidato para práticas profissionais – como orientação e revisão por pares.

As revistas precisam passar de distribuidores de conhecimento para guardiãs do conhecimento. Guardiões não publicam e esquecem.

As revistas precisam passar de distribuidores de conhecimento para guardiãs do conhecimento. Guardiões não publicam e esquecem. Eles garantem que os dados permaneçam acessíveis e priorizam as preocupações sobre a qualidade da pesquisa. Isso inclui investigações imediatas quando se suspeita que a pesquisa publicada é falha. Um artigo retratado não deve desaparecer. Deve ser claramente marcado como ‘RETRACTED’ nos sites dos periódicos e alguns esforços devem ser feitos para notificar os leitores e citadores sobre o assunto. Essas normas foram codificadas pelo Comitê de Ética da Publicação e pelo Center for Open Science. A adoção dessas normas ficam restritas aos editores e, como resultado, as retratações se propagam incessantemente. Análises descobriram que muitos artigos recebem mais citações após a retratação do que antes.

As pessoas respondem aos incentivos. A mudança virá apenas quando os financiamentos e promoções estiverem condicionados às melhores práticas. Se isso não acontecer, ainda estaremos falando sobre esse assunto durante os próximos desembarques na Lua.

[1] FINKEL, Alan. To move research from quantity to quality, go beyond good intentions. Nature 566, 297 (2019) Disponível em: https://doi.org/10.1038/d41586-019-00613-z Acesso em: 5 março 2019.

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Recomendações para a gestão de dados de pesquisa dirigidas aos pesquisadores (2019)

É consenso que dados de pesquisa adquiriram grande importância em anos recentes. Sua relevância tem aumentado dia a dia, à medida que pesquisadores, bibliotecas, universidades e financiadores têm adotado políticas e procedimentos de descrição, armazenamento e preservação desses dados.

O documento intitulado Recomendaciones para la gestión de datos de investigación dirigidas a investigadores, de autoria de Remedios Melero [1], faz parte dos resultados da Rede Espanhola de Dados Abertos de Pesquisa MareData [2] e fornece um total de 17 recomendações para o gerenciamento de dados de pesquisa, precedido por uma introdução para contextualizar a importância do compartilhamento, para facilitar o acesso e reutilização de dados de pesquisa e sua preservação. Nesta matéria, reproduzimos algumas destas recomendações.

Existem inúmeras razões para compartilhar os dados da pesquisa:
• Promover a inovação e a reutilização de dados que possam potencialmente ter novos usos.
• Facilitar a colaboração entre usuários de dados, criadores de dados e reutilizadores.
• Maximizar a transparência e confiabilidade dos dados.
• Favorecer a reprodutibilidade de testes experimentais.
• Permitir a verificação dos resultados da pesquisa.
• Reduzir os custos evitando a duplicação de dados.
• Aumentar o impacto e a visibilidade da pesquisa.
• Promover os projetos de pesquisa de onde provêm os dados e suas publicações.
• Gerar um reconhecimento direto dos pesquisadores que produzem
dados, como em qualquer outro resultado de pesquisa.

Segundo o modelo sugerido pelo grupo de especialistas da Comissão sobre os dados FAIR, o ecossistema de dados é composto: pelas políticas que regulam e definem os dados, os planos de gestão de dados, os identificadores, os padrões, os repositórios de confiança e os serviços em nuvem onde são armazenados os dados. Estes componentes devem se desenvolver a partir de quatro elementos chave: competências,  métricas (metrics), o sistema de reconhecimento (recompensas) e investimentos que tornam tudo isso possível (Figura 1) [3].

Nesse ecossistema, os objetos de dados FAIR são compostos por seus arquivos de dados, por um identificador persistente, por uma descrição dos padrões e formatos usados na obtenção, representação, visualização de dados, etc., e os metadados que descrevem os conjuntos de dados que permitem sua interpretação e reutilização (figura 2) [4].

REC1. Adotar os princípios do programa FAIR e facilitar a produção científica aberta, de forma legal e reutilizável. A adoção dos princípios do FAIR implica que o dado de pesquisa:

Seja localizável (localizável):
• F1 Atribuir um identificador exclusivo e persistente aos dados e metadados.
• F2 Descrever dados com metadados ricos (isto é, adicionar declarações semânticas, anotações, etc.) aos dados que eles descrevem, o que melhora a qualidade dos metadados).
• F3 Registrar e indexar dados e metadados em um sistema (repositório, serviço, etc.) que possui um mecanismo de pesquisa.
• F4. Incluir um elemento de metadados específico para o identificador persistente dos dados.

Seja acessível (acessível):
• A1. Usar protocolos padronizados para recuperar dados e metadados
pelo seu identificador.
• A1.1 Os protocolos devem ser abertos, gratuitos e universalmente aplicáveis.
• A1.2 Os protocolos também devem permitir um procedimento de autenticação e autorização, se necessário.
• A2. Garantir a disponibilidade de acessibilidade aos metadados, mesmo que os dados não estejam mais disponíveis.

Seja interoperável (interoperável):
• I1 Usar linguagens formais (acessíveis, compartilhadas e padronizadas) para representam dados e metadados.
• I2 Descrever dados e metadados com vocabulários (esquemas, ontologias,
etc.) que também seguem os princípios do FAIR.
• I3 Incluir referências cruzadas e links entre dados e metadados.

Seja reutilizável (reutilizável):
• R1 Assegurar-se de que os dados e metadados utilizados tenham uma variedade de elementos ou atributos precisos e relevantes.
• R1.1. Publicar dados e metadados com uma licença de reutilização clara e acessível.
• R1.2. Usar critérios de proveniência (criação, atribuição e histórico de versão) para associar metadados aos dados durante seu ciclo de vida.
• R1.3. Garantir que os dados e os padrões de metadados utilizados estejam de acordo com os padrões comuns da área de conhecimento a que os dados se referem.

Algumas recomendações selecionadas:

REC. Selecione os dados que tenham interesse para usos futuros.
• Às vezes, não é necessário preservar todos os dados gerados ao longo de um projeto de pesquisa: “limpe seus dados” e escolha aqueles que possam ser úteis.
REC. Aplique os princípios do FAIR também aos metadados e ao plano de gerenciamento de dados.
• Os metadados que descrevem seus dados, bem como o próprio plano de gerenciamento de dados, no qual documenta todo o processo de gerenciamento que o projeto seguirá para os dados, eles também devem ser localizáveis, acessíveis, interoperáveis e reutilizáveis em si mesmos.

REC. Indique no plano de gerenciamento de dados se os dados foram consultados ou reutilizados já existente em vez de obtê-los novamente (evitar a redundância).

REC. Forneça uma descrição detalhada das condições em que os experimentos tenham sido feitos, para que possam ser reproduzidos.
• Não esqueça de considerar também os resultados negativos, pois é relevante conhecê-los para evitar repetições desnecessárias.

REC. Identifique o repositório de confiança mais apropriado (repositório confiável) para depositar os dados.

REC. Verifique os termos ou requisitos das políticas referentes aos dados de pesquisa. Agências de financiamento, centros de pesquisa e universidades e, cada vez mais, também revistas científicas, têm suas próprias políticas em relação aos dados da pesquisa.

REC. Promova a citação de conjuntos de dados como qualquer outro recurso bibliográfico.

REC. Leve em consideração, especialmente nas disciplinas que envolvem trabalhar com seres vivos, os códigos de conduta apropriados e internacionalmente reconhecidos.

Las recomendaciones #Maredata: ¿nos ayudas a compartirlas? https://t.co/hi82RptvFp #maredata #gestióndatos con @reme_melero pic.twitter.com/ViRGZpK2bJ

— maredata (@maredataproject) February 6, 2019

== Referências ==

[1] MELERO, Remedios. Recomendaciones para la gestión de datos de investigación dirigidas a investigadores. MareData, 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/10261/173801 Acesso em: 11 jan. 2019.

[2] MareData – http://www.maredata.net – é uma rede temática financiada pelo Ministério da Economia Competitividade no âmbito do convite à apresentação de Ações de dinamização «Redes de Excelência» do Programa Estadual para a Promoção da Pesquisa Científica e Técnica de Excelência, Subprograma Estadual de Geração de Conhecimento, no âmbito do Plano Estadual de Pesquisa e Inovação Científica e Técnica 2013-2016 (CSO2015-
71867-REDT). A rede foi criada e gerenciada por sete grupos de trabalho de pesquisa de diferentes instituições (Instituto de Agroquímica y Tecnología de Alimentos-CSIC, Instituto de Gestión de la Innovación y el Conocimiento-CSIC, Universidad de Alicante, Universitat de Barcelona, Universidad Carlos III de Madrid, Universitat Oberta de Catalunya y Universitat Politècnica de València) cujas linhas de pesquisa estão relacionadas à gestão de dados de pesquisa: interoperabilidade, publicação, acesso, localização, preservação e métricas de impacto.

[3] HODSON, Simon; JONES, Sarah; COLLINS, Sandra; [et al.] FAIR Data Action Plan: interim recommendations and actions from the European Commission Expert Group on FAIR data. June. 2018a. 21 p. Disponível em: https://zenodo.org/record/1285290#.WyOWGSB9jt4 Acesso em: 11 fev. 2019.

[4] HODSON, Simon; JONES, Sarah; COLLINS, Sandra; [et al.] Turning FAIR data into reality: interim report from the European Commission Expert Group on FAIR data. June. 2018b https://zenodo.org/record/1285272#.W7uasPmYSCg Acesso em 11 fev. 2019.

Publicado em Notícias Marcado com: 2019, Ciência Aberta, Dados Científicos, Dados de pesquisa, FAIR, pesquisador

Esquema de Metadados DataCite: Documentação para a Publicação e Citação de dados de pesquisa

A pesquisa acadêmica está produzindo quantidades cada vez maiores de dados de pesquisa e depende desses dados para verificar os resultados da pesquisa, criar novas pesquisas e compartilhar descobertas. Neste contexto, o que até pouco tempo atrás não existia era uma abordagem persistente de acesso, identificação, compartilhamento e reutilização de conjuntos de dados. 

Para atender a essa necessidade, o consórcio internacional DataCite foi fundado no final de 2009 com estes três objetivos fundamentais:

● estabelecer um acesso mais fácil aos dados de pesquisa científica na Internet,
● aumentar a aceitação de dados de pesquisa como contribuições legítimas e citáveis para o registro científico e
● dar suporte ao arquivamento de dados que permitirá que os resultados sejam verificados e redefinidos para estudo futuro.

Para que os dados de pesquisa sejam efetivamente descobertos e recuperados, é necessário pensar em sua descrição e registro a partir de um conjunto robusto de propriedades mandatórias, recomendadas e/ou opcionais. Nesse sentido, é importante considerar o esquema de metadados do DataCite.

O Esquema de Metadados do DataCite

O DataCite Metadata Schema é uma lista de propriedades principais de metadados escolhidas para uma identificação consistente de um recurso para fins de citação e recuperação, juntamente com instruções de uso recomendado (definições e usos dos metadados). O recurso que está sendo identificado pode ser de qualquer tipo, mas geralmente é um conjunto de dados. Esse trabalho foi diligentemente realizado pelo Grupo de Metadados do DataCite, que continua colaborando com o Dublin Core Metadata Initiative (DCMI) Science and Metadata Community (SAM) para manter o esquema Dublin Core Application Profile. 

As propriedades do esquema de metadados são apresentadas e descritas em detalhes em DataCite Metadata Properties [1].  

O Esquema de Metadados DataCite é apresentado a seguir e as propriedades e subpropriedades dos metadados são fornecidas na Seção Propriedades do DataCite. As propriedades listadas na Tabela 1 têm o nível obrigatório e devem ser fornecidas sempre que metadados forem enviados ao DataCite. As propriedades listadas na Tabela 2 exibem os níveis Recomendadas ou Opcionais, significando que podem ser fornecidas ao enviar metadados ao DataCite.

Propriedades Obrigatórias – Mandatórias (M) devem ser fornecidas sempre que dados de pesquisa forem registrados no DataCite (Tabela 1)

Há também elementos recomendados (R) que são opcionais, mas altamente recomendados para interoperabilidade e outras propriedades Opcionais (O), que podem ou não ser usadas, mas que fornecem uma descrição mais detalhada (Tabela 2).

É importante também observar a descrição de cada propriedade, a fim de preencher adequadamente os metadados. Confira os exemplos abaixo relativos ao Publisher e ao Publication Year.

Há também diferentes tipos de dados/conteúdos de pesquisa, que vão além dos conjuntos de dados (datasets). O termo “conjunto de dados” é utilizado aqui em seu sentido mais amplo. Isso significa incluir não apenas dados numéricos, mas quaisquer outros objetos de pesquisa. É importante consultar essas Tabelas do Datacite antes de prever que tipos de dados e metadados serão cadastrados. Prepare-se, consulte, saiba mais sobre isso.

== Referência ==

DataCite Metadata Working Group. (2017). DataCite Metadata Schema Documentation for the Publication and Citation of Research Data. Version 4.1. DataCite e.V. 10.5438/0014.  https://schema.datacite.org/meta/kernel-4.1/doc/DataCite-MetadataKernel_v4.1.pdf  Acesso: 11 fev. 2019.

Publicado em Notícias Marcado com: 2019, Dados de pesquisa, Datacite, Metadados, Open Science

Curadoria de dados de pesquisa: o que é isso e como começar?

SIBiUSP 2019

Por Elisabeth Dudziak

A curadoria de dados de pesquisa é o processo de gerenciamento de dados de pesquisa durante todo o seu ciclo de vida para disponibilidade em longo prazo e reusabilidade. 

Agências de financiamento, universidades e governos têm valorizado a gestão de dados de pesquisa, uma vez que o acesso aos dados de aumenta a eficiência das atividades e o financiamento de pesquisa. Assim, muitas universidades estabeleceram ou planejam estabelecer serviços de curadoria de dados de pesquisa como parte de seus Repositórios Institucionais [1]. Entretanto, de nada adianta manter Repositórios Institucionais de Dados de Pesquisa se não houver envolvimento dos docentes, alunos e funcionários, bem como bons serviços de orientação e curadoria de dados de pesquisa.

Nesse cenário, qual é o papel do bibliotecário ou gestor de dados de pesquisa?

Quais são as práticas de curadoria de dados de pesquisa em repositórios institucionais que devem ser adotadas?

Antes mesmo de iniciar suas atividades de pesquisa, o pesquisador deve elaborar um Plano de Gestão de Dados e o bibliotecário pode apoiar o pesquisador nesse momento. Um bom Plano de Gestão de Dados já é meio caminho andado para um eficiente depósito e cadastro do conjunto de dados de uma pesquisa no Repositório Institucional. 

Reuniões e entrevistas com os pesquisadores para avaliar seus dados e necessidades de curadoria são recomendadas pois afetam positivamente as atividades posteriores que envolvem os dados. As reuniões determinam que tipo de ajuda os pesquisadores (fornecedores de dados) precisam: como os dados e a documentação de dados podem ser organizados, quais os melhores formatos e a nomeação de arquivos, além dos metadados mais apropriados. 

Dessa forma, em poucas palavras, serviços de curadoria de dados científicos incluem, mas não se limitam a:

  1. Receber solicitação de depósito de dados de pesquisa;
  2. Validar os dados do pesquisador; 
  3. Receber e transferir o Plano de Gestão de Dados do pesquisador para o Repositório;
  4. Receber e transferir os dados de pesquisa do pesquisador para o Repositório;
  5. Converter dados para diferentes formatos e/ou renomear arquivos;
  6. Identificar, adicionando metadados e descritores aos conjuntos de dados;
  7. Selecionar o período de preservação do conjunto de dados (curto, longo ou permanente);
  8. Selecionar o nível de acesso aos dados (público, embargado, restrito);
  9. Carregar e publicar o PGD e os dados depositados;
  10. Atribuir e ativar o DOI aos dados;
  11. Garantir a descoberta desses dados pelos mecanismos de busca como Google Data, por exemplo; 
  12. Manter os dados atualizados replicados em outros repositórios, para garantir sua preservação e acesso;
  13. Analisar o acesso e reúso dos dados;
  14. Elaborar Guias e Tutoriais baseados nas políticas institucionais e melhores práticas.

Longe de esgotar as discussões sobre o assunto, a ideia é começar a desmistificar o tema para iniciar o planejamento desse novo serviço na Biblioteca. Nesse processo, é importante refletir sobre as necessidades do pesquisador, as políticas adotadas pela instituição e as melhores práticas com relação à curadoria de dados de pesquisa para então adaptar os procedimentos a cada área de conhecimento, comunidade de pesquisa e realidade da Biblioteca.

== REFERENCIAS ==

[1] LEE, Dong Joon; STVILIA, Besiki. Practices of research data curation in institutional repositories: A qualitative view from repository staff. PLOS One, v.12, n.3, e0173987, 2017. Disponível em: <https://doi.org/10.1371/journal.pone.0173987> Acesso em: 22 dez. 2018.

Como citar este post [ABNT/NBR 6023]:

DUDZIAK, Elisabeth Adriana. Curadoria de dados de pesquisa: o que é isso e como começar? São Paulo: SIBiUSP, Jan. 2019. Disponível em: < https://www.aguia.usp.br/noticias/curadoria-de-dados-de-pesquisa-o-que-e-isso-e-como-comecar/> Acesso em: DD mês. AAAA.

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Publicado em Notícias

Relatório 2018 sobre o estado da arte do compartilhamento de dados de pesquisa acaba de ser publicado

O relatório anual The State of Open Data 2018 analisa as atitudes globais em relação aos dados abertos. O relatório, realizado em colaboração entre a Springer Nature, Wiley e Digital Science, é o terceiro da série e os resultados da pesquisa continuam a mostrar um progresso encorajador: os dados abertos estão sendo incorporados na comunidade de pesquisa. O gráfico indica o crescimento exponencial de conjuntos de dados que estão sendo disponibilizados. Isso também espelha os dados do Dimensions.ai, que ilustra o crescimento de citações a repositórios multidisciplinares e generalistas como Figshare, Dryad e Zenodo.
Maior impacto e visibilidade da pesquisa e benefício público continuam a ser os motivadores mais potentes por trás da decisão dos pesquisadores de compartilhar seus dados de pesquisa. 64% dos entrevistados revelaram que disponibilizaram dados abertamente em 2018. As citações de dados estão motivando mais entrevistados a tornar os dados disponíveis abertamente. Os pesquisadores em início de carreira estão focados no crédito que recebem por tornar os dados disponíveis, no que diz respeito às oportunidades de progressão na carreira.
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Talvez seja por isso que os pesquisadores em início de carreira estão mais propensos a entender as licenças de uso com as quais disponibilizaram seus dados de pesquisa. Os entrevistados da pesquisa acreditam claramente que a propriedade dos dados depende da pesquisa ter sido publicada ou não, como demonstra o Gráfico abaixo.
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Quando perguntados onde publicam seus dados, 35% dos entrevistados afirmaram que publicaram seus dados como um apêndice de um artigo científico, revelando pouca mudança em relação aos 34% de 2017. Em 2018, 33% relataram publicar dados em repositório de dados específico contra 29% em 2017.
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A maioria dos pesquisadores acha que não recebe crédito suficiente para compartilhar dados (58%). Os pesquisadores sentem que precisam de mais ajuda com direitos autorais e licenciamento. Além disso, os pesquisadores em geral estão dispostos a permitir que outras pessoas ajudem a curar seus dados, apenas 5% disseram que não permitiriam que qualquer outra pessoa trabalhasse com seus dados.
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A principal conclusão é que os dados abertos se tornaram mais integrados à comunidade de pesquisa – 64% dos entrevistados revelaram que disponibilizaram seus dados em 2018. A consciência dos dados abertos permanece alta. Mais pesquisadores estão disponibilizando dados abertamente. Menos pesquisadores estão perdendo dados..

No entanto, enquanto algumas das definições dos princípios FAIR – Findability, Accessibility, Interoperability and Reusability – ainda estão sendo trabalhadas, foi um choque ver que quase 60% dos entrevistados “nunca tinha ouvido falar dos princípios do FAIR antes de agora”. O Relatório State of Open Data de 2017 já havia destacado a necessidade de educação no nível do pesquisador. Bibliotecários de todo o mundo vêm trabalhando duro para iluminar pesquisadores em suas instituições e suas responsabilidades em relação ao Plano de Gerenciamento de Dados.

Publicado em Notícias Marcado com: 2018, Dados abertos, Open Data, Relatório

Iniciantivas de Acesso Aberto

O movimento de acesso aberto fez muitos esforços louváveis nos últimos 20 anos, mas o progresso é lento e ainda estamos a décadas de alcançar o ambiente de informações abertas previsto. Pior, mesmo enquanto as novas estratégias de OA avançam, as maiores editoras tradicionais estão fortalecendo seus paywalls e extraindo receitas crescentes por meio de aumentos anuais no preço das assinaturas e publicação híbrida (duplo mergulho). Para finalmente tornar o acesso aberto o padrão na publicação acadêmica, precisamos tomar ações coletivas e alienar assinaturas , a fim de investir no acesso aberto .

 

Se você concorda que

  • Os pesquisadores devem ter pleno direito de compartilhar seu trabalho e liberdade de publicação nos periódicos de sua escolha e participar dos serviços de publicação que desejarem,
  • O atual modelo de assinatura, com suas paredes de pagamento cada vez maiores, é uma barreira insustentável para o pleno êxito da pesquisa científica e os objetivos fundamentais do acesso aberto,
  • A publicação acadêmica deve ser apoiada por modelos de negócios economicamente sustentáveis e transparentes e liberada das restrições de um sistema obsoleto de disseminação,

incentive sua instituição ou organização a endossar a manifestação de interesse do OA2020, afirmando estes princípios:

  • Nosso objetivo é transformar a maioria dos periódicos acadêmicos atuais de assinatura para publicação em OA, de acordo com as preferências de publicação específicas da comunidade. Ao mesmo tempo, continuamos a apoiar formas novas e aprimoradas de publicação de OA.
  • Continuaremos esse processo de transformação convertendo os recursos atualmente gastos em assinaturas de periódicos em fundos para apoiar modelos de negócios sustentáveis de OA. Dessa forma, pretendemos reorganizar os fluxos de caixa subjacentes, estabelecer transparência com relação a custos e possíveis economias e adotar mecanismos para evitar barreiras indevidas à publicação.
  • Convidamos todas as partes envolvidas na publicação acadêmica, em particular universidades, instituições de pesquisa, financiadores, bibliotecas e editores a colaborar em uma transição rápida e eficiente para o benefício da bolsa de estudos e da sociedade em geral.

Faça o download do texto completo da manifestação de interesse do OA2020 com um formulário em PDF para assinatura.

Por favor, devolva o formulário assinado para contact@oa2020.org . Uma lista completa dos signatários do OA2020 pode ser encontrada aqui .

 

As instituições e organizações que endossam a Manifestação de Interesse do OA2020 prometem prosseguir a transformação em larga escala dos diários acadêmicos de hoje convertendo os fundos atualmente gastos em assinaturas em fundos para dar suporte aos modelos de publicação de Acesso Aberto, de acordo com suas próprias preferências de publicação.

Como as bibliotecas atualmente gerenciam as despesas de assinatura e as negociações com os editores, elas desempenharão um papel de liderança na concepção e implementação do roteiro de sua instituição, com o apoio e o envolvimento de professores e administração.

Abaixo estão algumas etapas que podem ser úteis na criação de seu próprio roteiro para impulsionar a transformação em seu contexto local e causar impacto em escala global. Também mostramos aqui alguns exemplos de roteiros de transformação do OA2020 já em andamento.

Mapeie sua posição (políticas, infraestrutura, procedimentos, partes interessadas)
  • Onde estão as decisões sobre a distribuição de fundos que cobrem as assinaturas feitas e quais etapas são necessárias para reorganizar seu fluxo?
  • Você faz parte de um consórcio que pode coordenar e otimizar processos e negociações para obter o máximo impacto?
  • Sua biblioteca possui uma estratégia de aquisições que visa aproveitar as oportunidades de acesso aberto?
  • Sua instituição possui uma Política de Acesso Aberto que suporta a transição de comunicações acadêmicas para o Acesso Aberto?
  • Quais canais podem ser usados para obter consenso com professores e administração?
  • Quais etapas, recursos e autorizações são necessárias para reorganizar o suporte da biblioteca a novos fluxos de trabalho do OA.
Analise e avalie seu poder de alavancagem (dados financeiros e de publicação)
  • Reúna dados sobre as tendências de publicação dos pesquisadores da sua instituição:
    • Distribuidora e distribuição de periódicos,
    • Compartilhamento da publicação de acesso aberto x publicação paga,
    • Parte da autoria correspondente.
  • Reúna dados sobre as transações financeiras por trás das publicações de OA dos pesquisadores e compare-os com as despesas de assinatura no editor e, se possível, no nível da revista.
  • Estabeleça critérios mais robustos para avaliar o valor de suas assinaturas atuais incorporando dados de citações (ou seja, quais periódicos são seus pesquisadores citados em suas próprias publicações), dados de publicação (em quais periódicos seus pesquisadores publicam) nos relatórios do COUNTER JR5 e outros critérios relevantes para sua instituição.
  • Entenda quanto do conteúdo atualmente inscrito está disponível como acesso aberto por meio de fontes alternativas.
  • Crie um caso de negócios para apoiar seu plano de transformação (desinvestimento de assinaturas e investimento em acesso aberto) com base nas evidências reunidas em seus exercícios de análise e avaliação.

 

 

 

Aprenda
mais
Envolva as comunidades e administração de autores
  • Pesquise suas comunidades de autores para avaliar seu entendimento dos benefícios da publicação em Acesso Aberto e obter informações sobre as necessidades de suporte de publicação contextual e específicas da disciplina.
  • Realize campanhas de divulgação para aconselhar professores e pesquisadores sobre seus direitos, opções, oportunidades de impacto, políticas locais e os serviços de suporte de publicação disponíveis para eles.
  • Apresente seu caso de negócios ao corpo docente e à administração, consultando e aconselhando-os ao criar seu plano de transformação.
Prepare e execute seu plano de transformação
  • Definir critérios para custos de publicação “justos”, alinhados à disciplina e às perspectivas contextuais.
  • Prepare-se para reorganizar a estrutura do orçamento e modelar novos esquemas de financiamento, por exemplo:
    • Estabelecer fundos para apoiar iniciativas locais e regionais de publicação de OA
    • Criar publicação de OA e esquemas de co-financiamento
  • Estabelecer mecanismos para monitorar custos e garantir a transparência.
  • Calcular e alocar (ou proteger) recursos para cobrir os custos de transição.
  • Adote estratégias para alienar as assinaturas, de acordo com as preferências locais, por exemplo:
    • Implementar uma redução gradual nas despesas de assinatura
    • Incorpore elementos de acesso aberto por meio de contratos de licença transitórios
    • Participe de revisões de assinaturas e cancelamentos de “grandes negócios”
  • Adote estratégias para investir na publicação de acesso aberto, por exemplo:
    • Desviar fundos de assinatura para modelos de publicação de acesso aberto, como:
      • publicação cooperativa
      • arquivos de disciplina
      • iniciativas institucionais e regionais de publicação
      • associações
      • Veja alguns exemplos aqui.
  • Conecte pesquisadores e editores de acesso aberto puro e iniciativas de publicação por meio de acordos institucionais centrais de nível de serviço
Participar de esforços de advocacia locais e internacionais
  • Endossar a iniciativa Open Access 2020 e assinar a manifestação de interesse do OA2020.
  • Participe ativamente da rede OA2020 e de outras iniciativas internacionais que impulsionam a transição para o acesso aberto em escala global.
  • Participe de negociações entre instituições ou consórcios para obter um envolvimento mais impactante dos editores em contratos de publicação de acesso aberto para controlar os preços.
  • Advogar por mandatos e infraestrutura de financiadores / governos para apoiar o cenário aberto das comunicações acadêmicas.
  • Invista em plataformas e serviços de acesso aberto que atendam às necessidades e objetivos de seus pesquisadores.

 

Roteiros locais do OA2020

Enquanto continua a apoiar formas novas e aprimoradas de publicação de OA, a Iniciativa OA2020 busca impulsionar o movimento de acesso aberto, transformando a maioria dos periódicos acadêmicos de hoje de assinatura para publicação de OA, de acordo com as preferências de publicação específicas da comunidade. Abaixo, há uma pequena seleção de sites onde você pode encontrar muitas informações sobre as diferentes estratégias e roteiros que as instituições estão adotando para alienar assinaturas e investir em acesso aberto , a fim de alcançar nossa visão comum.

Universidade da Califórnia, https://libraries.universityofcalifornia.edu/about/initiatives/scholarly-communication/

Estados Unidos, https://oa2020.us/tools-resources-2/

Áustria, http://at2oa.at/en/home.html

Canadá, http://www.crkn-rcdr.ca/en/institutional-mobilization-toolkit

Finlândia, https://www.kiwi.fi/display/finelib/Scholarly+publications+-+FinELib+negotiations

Alemanha, https://www.projekt-deal.de/about-deal/

Alemanha, http://oa2020-de.org/en/pages/aims/

Sociedade Max Planck, https://openaccess.mpg.de/2255290/offsetting-effects-for-the-mpg-in-2017

Japão: Roteiro JUSTICE (Aliança do Japão de Consórcios de Bibliotecas Universitárias para E-Resource) Roteiro OA2020, https://www.nii.ac.jp/content/justice_en/documents/JUSTICE_OA2020roadmap-EN.pdf

Países Baixos, http://www.vsnu.nl/Roadmap-open-access-2018-2020-English/

Suécia, http://openaccess.blogg.kb.se/english/

Suíça, https://www.swissuniversities.ch/…/Open_Access__strategy_final_DE.pdf

Conhecimento desbloqueado, https://oa2020-de.org/en/pages/KUjournalflipping/

 

Diretrizes, declarações e políticas de acesso aberto

Aqui está uma seleção de diretrizes, declarações e políticas de OA que podem ser úteis para definir seu próprio roteiro. Um recurso mais completo pode ser encontrado em https://roarmap.eprints.org/ .

  • Kit de ferramentas da Força-Tarefa de Estratégia e Negociação da Universidade da Califórnia para negociar acordos transformadores (maio de 2019)
  • Diretrizes da Iniciativa ESAC para Acordos Transformadores   (2019)
  • LIBER: http://libereurope.eu/blog/2017/09/07/open-access-five-principles-negotiations-publishers/ (setembro de 2017)
  • Noruega: https://www.regjeringen.no/en/dokumenter/national-goals-and-guidelines-for-open-access-to-research-articles/id2567591/ (maio de 2017)
  • Recomendações para a transição para o acesso aberto na Áustria  (maio de 2016)
  • Roteiro da Associação Europeia de Universidades sobre acesso aberto a publicações de pesquisa  (fevereiro de 2016)
  • Declaração da LERU para a Presidência Holandesa da UE em 2016: o  Natal acabou. O financiamento da pesquisa deve ir para a pesquisa, não para os editores!  (Outubro de 2015)
  • Princípios da Science Europe sobre o acesso aberto a publicações de pesquisa  (maio de 2015)
  • Suécia: Proposta de diretrizes nacionais para o acesso aberto à informação científica  (2015)
  • Plano de Ação do Conselho Global de Pesquisa para o Acesso Aberto às Publicações  (maio de 2013)
  • Política RCUK sobre acesso aberto  (2012 em andamento)

 

 


Desinvestir em assinaturas, investir em acesso aberto . Quaisquer que sejam as estratégias adotadas, à medida que as instituições afastam seus orçamentos das assinaturas e investem nos modelos de publicação de acesso aberto, a fortaleza do sistema tradicional de assinaturas fica enfraquecida.

Quase 80% das publicações acadêmicas estão com apenas um punhado de editores, e uma porcentagem crescente de instituições cujas publicações acadêmicas dependem dos editores estão adotando a estratégia OA2020 e adotando táticas para impulsionar a transformação. Com base nas tendências atuais das publicações mundiais, com compromissos de um número relativamente pequeno de instituições globais intensivas em pesquisa, poderíamos alcançar o ponto de virada de nossa meta para 2020, mas o envolvimento de instituições de todos os contextos geográficos e acadêmicos é essencial para criar um ambiente verdadeiramente aberto e apenas ambiente de informação.

Sua ação fará a diferença!

 

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Publicado em Atores OA, Notícias, Política informacional Marcado com: Open Access Initiatives, Revistas em Acesso Aberto, USP

Quem financia a pesquisa brasileira? Um estudo InCites sobre o Brasil e a USP

Financiar é o ato de fornecer recursos, geralmente financeiros, para sustentar uma atividade, programa ou projeto de um pesquisador, grupo, instituição ou empresa. Nas universidades e institutos de pesquisa, a modalidade mais comum é de financiamento não comercial da pesquisa, obtido a partir de agências governamentais, conselhos de pesquisa ou entidades filantrópicas.

Funds

As organizações de financiamento realizam extensas consultas para determinar prioridades, visando adaptar os investimentos às mudanças, contemplar novas demandas e campos científicos, algo especialmente importante quando há redução de recursos. Entretanto, essas decisões são difíceis e controversas, uma vez que as avaliações estão bastante centradas na competição de projetos e impacto de citações. A escassez de dados de impacto social pode explicar parcialmente porque muitos indicadores e métodos de avaliação simplificados dominam as análises no setor público [1]. Ainda assim, concessões maiores não levam necessariamente a descobertas maiores. Também é verdade que algumas áreas simplesmente recebem mais financiamento que outras.

Estudo realizado a partir de dados obtidos na Plataforma InCites (Thomson Reuters/Clarivate Analytics) revela quais são as entidades de financiamento que mais investem na pesquisa brasileira e na Universidade de São Paulo (USP). O levantamento foi feito entre os dias 03 e 19 de julho de 2018, a partir de conteúdos da Web of Science indexados até 29 de abril de 2018 e dados atualizados no InCites em 16 de junho de 2018.

Utilizando o Módulo Funding Agencies do InCites, foi possível levantar por localização geográfica e por nome da organização os dados de financiamento coletados da seção de Agradecimentos (Acknowledgments) ou Rodapé dos artigos publicados e indexados na base Web of Science (Figura 1). Ainda que as atribuições de concessão com base em texto apresentem falsos positivos e falsos negativos – a taxa de atribuições imprecisas é de pelo menos 25% – e que as atribuições imprecisas possam ter, elas próprias, vieses de redação e interpretação, insights significativos podem ser obtidos a partir da análise desses dados [1]. Os resultados aqui apresentados não têm a pretensão de serem exaustivos. Buscam apenas evidenciar o potencial de uso da Plataforma InCites.

QUEM FINANCIA A PESQUISA NO MUNDO?

Um dos trabalhos mais abrangentes em termos de identificação digital de financiadores de pesquisa tem sido realizado pela Crossref, agência internacional conhecida pela atribuição do Digital Object Identifier (DOI) a documentos. O banco de dados de registro de financiadores mantido pela Crossref – FundRef – congrega atualmente 18.067 entidades ativas de financiamento da pesquisa conectadas a 2.188.220 trabalhos publicados. É possível buscar informações sobre financiadores e publicações na plataforma de busca por meio do link https://search.crossref.org/funding – conforme demonstra a Figura 2 abaixo. O objetivo é fornecer informações claras, transparentes e mensuráveis sobre quem financiou a pesquisa e onde ela foi publicada, ligando os financiamentos aos documentos e conteúdos produzidos.

Figura 2 – Interface de busca FundRef – Crossref

Muito dinheiro tem sido aplicado na chamada Big Science (grande ciência), fenômeno da ciência da segunda metade do século XX relacionado a projetos de grande porte geralmente financiados por governos ou grupos governamentais [2], algumas vezes em detrimento da Small Science [3]. O Projeto de 100.000 Genomas vai queimar 300 milhões de libras quando os pesquisadores que sequenciam o projeto genético de muitos seres humanos tiverem concluído seus estudos. Estima-se que o Bóson de Higgs (física de partículas) ligado ao CERN já tenha custado 8 bilhões de libras. O International Fusion Experiment (ITER), é outro projeto mundial orçado em 12.8 bilhões de dólares. A iniciativa European Spallation Source (ESS) está avaliada em 1.843 milhões de euros. À medida que a Big Science se torna ainda maior, sua escala reflete-se nas imensas listas de autores em artigos científicos e aportes financeiros gigantescos [4]. Fortin e Currier (2013) [5] sugerem que o impacto científico (conforme refletido nas publicações) é mais influenciado pela diversidade que pela concentração de investimentos.

Em termos mundiais, o levantamento realizado na Plataforma InCites revela 1.032 entidades de financiamento ativas no mundo (2011-2018), mencionadas nos textos dos documentos indexados na base Web of Science. A maior agência de financiamento de pesquisa é a National Natural Science Foundation of China (NSFC), entidade destacada pela produtividade. Neste momento, é a entidade com maior número de trabalhos publicados e indexados na base Web of Science: foram 1.201.687 documentos produzidos a partir de projetos financiados entre 2011 e 2018. Não tão perto, estão os National Institutes of Health (NIH) com 588.762 documentos e a National Science Foundation (NSF), com 387.801 documentos produzidos no período. A Figura 3 apresenta os Top 10 maiores financiadores de pesquisa no mundo por número de documentos publicados (2011-2018). Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 3 – Top 10 financiadores da pesquisa mundial por número de documentos (2011-2018) Fonte de dados: [11]

A Figura 4, a seguir, apresenta os principais financiadores por número de citações e documentos (2011-2018). Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 4 – Principais financiadores mundiais por número de citações e documentos (2011-2018).Fonte de dados: [11]

Os resultados indicam uma correlação positiva entre financiamento e impacto. Todavia, é preciso ter cautela com análises superficiais, porque podem levar a equívocos. E no Brasil? Como está o financiamento das pesquisas no Brasil?

QUEM FINANCIA A PESQUISA BRASILEIRA?

O financiamento da pesquisa no Brasil se dá por meio de diferentes sistemas e instituições de fomento, que estão ligadas direta ou indiretamente aos ministérios brasileiros e são: CNPq, FINEP, CAPES, FNDCT, BNDES, além das agências estaduais que constituem as FAPs – Fundações Estaduais de Amparo a Pesquisa agrupadas no CONFAP. Há também leis de Incentivo Fiscal e Fomento à Inovação, financiamentos empresariais e institucionais. Saiba mais consultando a página de Agências e Oportunidades de Financiamento no website Apoio ao Pesquisador.

No Brasil, ninguém ignora a atual situação dos investimentos governamentais em pesquisa. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) apresenta dados de recursos investidos na pesquisa no Brasil [6] e algumas informações chegam aos pesquisadores e instituições por meio de divulgação à imprensa ou websites [7] [8] [9]. Em meio à crise econômica, muitos entendem que o pesquisador brasileiro deve preparar-se melhor para pleitear insumos financeiros internacionais e deve ser mais competitivo [10], para atenuar o impacto dos cortes do orçamento governamental. Nesse sentido, conhecer a situação atual de financiamento no Brasil do ponto de vista dos financiadores é importante.

As principais agências de financiamento da pesquisa – CNPq e CAPES – enfrentam problemas com a redução de orçamento. A escassez de recursos afetou o CNPq, órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em todas as metas na concessão de bolsas e apoios, como demonstra o gráfico a seguir (Figura 5). Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 5 – Painel de investimentos do CNPq (2001-2018)

A CAPES também foi afetada pelos recentes cortes. Vinculada ao Ministério da Educação e Cultura (MEC), de 2015 a 2017 teve uma perda anual de R$ 1 bilhão. A última atualização do painel de investimentos da Capes sobre concessão de bolsas mostra uma diminuição desde 2014, quando existiam 105.791 beneficiários nas pós-graduações pelo país. Em 2016, o número passou baixou para 100.433, um corte de 5,3 mil. Em julho de 2018, o MEC anunciou a liberação de R$ 160 milhões para a Capes. Os recursos serão aplicados ao pagamento de auxílios, bolsas e incentivo ao ensino (graduação e pós-graduação) e à pesquisa e extensão.

O levantamento realizado na Plataforma InCites revela como está o financiamento da pesquisa nos estados brasileiros, contabilizada a partir do número de documentos publicados. O estado brasileiro com maior produtividade e financiamento é São Paulo, seguido do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. A Figura 6, a seguir apresenta a distribuição percentual de documentos financiados por estado. Note-se que é possível haver sobreposições de dados em decorrência das co-autorias entre pesquisadores de diferentes estados.

Figura 6 – Distribuição percentual de documentos publicados por estado de projetos financiados (2011-2018). Fonte de dados: [12]

Os três órgãos que mais financiaram pesquisa no Brasil de 2011 a 2018, de acordo com o número de documentos publicados, foram o CNPq (122.967), CAPES (70.048) e FAPESP (56.667). A Figura 7 a seguir apresenta o Ranking de financiadores da pesquisa brasileira por nº de documentos (2011-2018). Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 7 – Ranking de financiadores da pesquisa brasileira por nº de documentos (2011-2018) Fonte de dados: [12]

Percentual de documentos citados também variou de acordo com o órgão financiador, como demonstra a Figura 8 a seguir. Embora os números sejam positivos, observa-se que artigos de projetos subsidiados por entidades estrangeiras tiveram apresentaram maior percentual de citação. Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 8 – Percentual de documentos citados de acordo com o financiador (2011-2018). Fonte de dados: [12]

O financiamento também varia de área para área de pesquisa. Utilizando os campos de conhecimento das revistas científicas como um proxy das áreas de pesquisa, é possível observar que certas áreas se destacam mais que outras. Considerando as vinte principais entidades financiadoras da pesquisa no Brasil no período de 2011 a 2018, as áreas de mais destaque são Biologia Molecular e Bioquímica (8.873 documentos), Ciências das Plantas/Biologia Vegetal (6.444 documentos), Ciência dos Materiais (6.259), Farmácia e Farmacologia (6.201 documentos), para citar algumas. A Figura 9 exibe o mapa com as vinte principais áreas de pesquisa (classificação Web of Science) financiadas e respectivo número de documentos produzidos no período.

Figura 9 – Top 20 principais áreas de pesquisa financiadas no Brasil por nº de documentos (2011-2018). Fonte de dados: [12]

A Figura 10, a seguir, apresenta o número de documentos de projetos financiados pelo CNPq e CAPES no período de 2011 a 2018 por área de pesquisa (classificação FOS). O dataset referente a esses dados pode ser consultado no Repositório Zenodo. Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 10 – Número de documentos de projetos financiados pela CAPES e CNPq (2011-2018) por área. Fonte de dados: [12]

FINANCIAMENTO DA PESQUISA NA USP

A Universidade de São Paulo (USP) é uma instituição pública de ensino superior e de pesquisa que, desde sua fundação, mantém um papel de liderança na produção científica e acadêmica brasileira. Seus 270 programas de pós-graduação atraem estudantes de diferentes partes do Brasil, da América Latina e de mais de 50 países ao redor do mundo. Congrega mais de 5 mil docentes e cerca de 82 mil alunos.  Há muitos anos ocupa posição de destaque nos principais rankings internacionais de universidades: Academic Ranking of World Universities (ARWU) [151-200], Times Higher Education World University Rankings [251-300], QS World University Rankings [118] e Webometrics Ranking of World Universities [72].

Além dos órgãos de financiamento citados, na USP, dois órgãos institucionais estão mais fortemente relacionados ao financiamento: (a) AUCANI, a Agência de Cooperação Nacional e Internacional da USP, que divulga oportunidades de intercâmbio e bolsas; (b) Pró-Reitoria de Pesquisa (PRP) da USP, que apoia pesquisas, noticia editais e chamadas. As Unidades e Institutos também mantêm serviços que apoiam e divulgam oportunidades de financiamento.

A partir do levantamento realizado na Plataforma InCites, foi possível ranquear os Top 20 principais financiadores de pesquisa da USP (2011-2018) a partir do número de documentos publicados no período de 2011 a 2018, conforme apresentado na Figura 11, abaixo. Observa-se uma correlação positiva entre financiamento estrangeiro e percentual de colaboração internacional, com respectiva elevação do impacto de citação normalizado pela categoria (Category Normalized Citation Impact) e percentual de documentos citados. No total, 518 entidades de financiamento concederam subsídios a pesquisadores da USP no período. Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 11 – Top 20 financiadores da pesquisa USP por nº de documentos (2011-2018) [13]

As três principais entidades financiadoras da pesquisa da USP nos períodos de 1980 a 1999, 2000 a 2010, e 2011 a 2018 foram FAPESP, CNPq e CAPES, como demonstra o gráfico a seguir (Figura 12). Observa-se que, ao longo das décadas, houve um significativo aumento do financiamento de pesquisas (ou das menções de financiamento) nos documentos indexados.

Figura 12 – Top 3 financiadores da produção USP pelo número de documentos (1980-2018).[13]

Relacionando os Top 10 maiores financiadores de acordo com percentual de co-autorias internacionais, observa-se que a pesquisa financiada por entidades externas ao país apresenta um nível mais elevado de percentual de colaborações internacionais, conforme apresentado na Figura 13, a seguir.

Figura 13 – Top 10 financiadores da pesquisa USP e percentual de colaborações internacionais. Fonte de dados: [13]

Por meio do levantamento realizado, foi possível determinar também o percentual de artigos publicados por autores USP e respectivos quartis das revistas: Q1, Q2, Q3 e Q4, com números positivos e consistentes. A Tabela a seguir (Figura 14) mostra também como os artigos de projetos patrocinados apresentam significativos percentuais de alta citação (% Highly Cited papers) e percentual de artigos “quentes” (% Hot Papers), índices que aumentam sempre quando há financiamento de entidades externas ao Brasil. Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 14 – Top 20 principais financiadores pelo nº de documentos publicados de projetos financiados e respectivos indicadores de posicionamento nos quartis das revistas (2011-2018). Fonte de dados: [13]

Com relação ao acesso aberto (open access), o levantamento revelou que a proporção de documentos em acesso aberto gerados a partir de projetos realizados com financiamento público, embora tenha evoluído ao longo das décadas, ainda é baixa. A Figura 15 apresenta esses dados a partir dos três maiores financiadores da pesquisa da USP: CAPES, CNPq e FAPESP, de 1980 a 2018. Em azul estão representados os documentos publicados em acesso aberto. Clique na Figura para melhor visualização.

Figura 15 – Proporção de documentos de autores da USP publicados em acesso aberto – CAPES, CNPq e FAPESP (1980-2018). [13]

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Poucos estudos se concentram nos órgãos de financiamento como unidades de avaliação, mas isso pode mudar, à medida que os sistemas de informação se tornem mais integrados e as informações estejam mais acessíveis. Iniciativas como o FunRef da Crossref sinalizam avanços nesse sentido.

Não se ignoram as limitações associadas ao uso de dados de financiamento recuperados dos textos de agradecimentos ou de rodapés de artigos: podem produzir falsos positivos e falsos negativos, a taxa de atribuições imprecisas é pelo menos 25%, as atribuições imprecisas podem ter, elas próprias, vieses no nível de campo [1]. Mesmo assim, insights significativos podem ser obtidos a partir da análise desses dados. De qualquer modo, os sistemas de financiamento devem evoluir para possibilitar maior transparência e rastreabilidade de dados.

Os resultados do levantamento realizado na Plataforma InCites mostram que as publicações de pesquisas patrocinadas por subsídios alcançaram significativo impacto, em termos de classificação de periódicos e contagem de citações. Aparentemente, alguns financiadores tiveram produtividade maior do que outros. A maior produtividade está associada às áreas de Ciências Naturais, Engenharias e Tecnologias, e Ciências Médicas. Há indícios também da presença de múltiplos fundos correlacionando-os positivamente com o desempenho geral de citações. Publicações de projetos financiados por órgãos internacionais alcançaram desempenho superior em termos de co-autorias internacionais e percentual de documentos citados. Em geral, solicitar financiamento a órgãos externos ao país aumenta as chances de ser citado e de publicar em revistas científicas de prestígio e alto impacto. Isso significa também que é necessário associar-se a equipes científicas destacadas e/ou grandes grupos de pesquisa, além de manter-se conectado a pesquisadores produtivos, para produzir mais e melhor. A proporção de publicações em acesso aberto ainda é pequena em relação ao total de publicações associadas a projetos financiados com recursos públicos, mas vem aumentando nos últimos anos.

Maior transparência nas definições estratégicas de apoio à pesquisa e relatórios de recursos financeiros investidos, assim como estudos sobre o impacto social da pesquisa financiada podem reduzir gastos e aumentar a equidade e o acesso a financiamentos.


== Referências e Notas ==

[1] KLAVANS, Richard; BOYACK, Kevin W. Research portfolio analysis and topic prominence. Journal of Informetrics, v. 11, n. 4, p. 1158-1174, Nov. 2017. Disponível em: <http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1751157717302110> Acesso em: 21 jun. 2018. https://doi.org/10.1016/j.joi.2017.10.002

[2] TIKLE, L. How can we stop big science hoovering up all the research funding? The Guardian, May 2015. Disponível em:<https://www.theguardian.com/higher-education-network/2015/may/27/how-can-we-stop-big-science-hoovering-up-all-the-research-funding> Acesso em: 11 julho 2018.

[3] ALBERTS, B. The end of “Small Science”. Science, Sept. 2012. Disponível em:<http://science.sciencemag.org/content/337/6102/1583> Acesso em: 11 julho 2018.

[4] MALLAPATY, S. Paper authorship goes hyper. Nature, Jan. 2018. Disponível em:<https://www.natureindex.com/news-blog/paper-authorship-goes-hyper> Acesso em: 11 julho 2018.

[5] FORTIN, J-M.; CURRIE, D.J. Big Science vs. Little Science: How Scientific Impact Scales with Funding. PLOS One, Jun. 2013. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0065263

[6] BRASIL. Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). Brasil: Dispêndio nacional em ciência e tecnologia (C&T), em valores correntes, por atividade, 2000-2015. Disponível em:<http://www.mctic.gov.br/mctic/> Acesso em: 11 jul. 2018.

[7] CNPq executa todo o orçamento previsto de 2017. Brasília, dez. 2017. Disponível em: <http://cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/5969266>

[8] CNPq. Mapa de investimentos. Disponível em:<http://cnpq.br/web/guest/mapa-de-investimentos-novo#> Acesso em: 11 jul. 2018.

[9] CNPq Painel de Investimentos. Disponível em:<http://cnpq.br/painel-de-investimentos> Acesso em 11 jul. 2018.

[10] DAVIDOVICH, L. Financiamento em crise. Pesquisa FAPESP, 256, junho 2017. Disponível em:<http://revistapesquisa.fapesp.br/2017/06/19/financiamento-em-crise/> Acesso em 12 jul. 2018.

[11] WORLD. Funding Agencies. InCites dataset updated 2018-06-16. Includes Web of Science content indexed through 2018-04-29. Exported date 2018-07-03-19. Schema: Web of Science. [Parâmetro padrão].

[12] BRAZIL. Funding Agencies. InCites dataset updated 2018-06-16. Includes Web of Science content indexed through 2018-04-29. Exported date 2018-07-03-19. Schema: Web of Science. Location: [BRAZIL].

[13] UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Funding Agencies. InCites dataset updated 2018-06-16. Includes Web of Science content indexed through 2018-04-29. Exported date 2018-07-03-19. Schema: Web of Science. Organization Name: [Universidade de Sao Paulo].

[Data set]

DUDZIAK E.A. (2018). InCites Analysis of Funding Agencies Brazil and Universidade de Sao Paulo [Data set]. Zenodo. http://doi.org/10.5281/zenodo.1317042

Sobre o InCites

O InCites (Clarivate Analytics / Thomson Reuters) é uma ferramenta online de avaliação de pesquisa personalizada e baseada em citações, que permite realizar análises de produtividade científica e comparação de resultados com parceiros no mundo inteiro. Tomando por base o conjunto de registros da Web of Science, o InCites congrega ferramentas de análise e métricas que ensejam quantificar e qualificar os resultados de pesquisa. Ainda que o impacto de uma pesquisa possa ser medido de várias maneiras, incluindo métodos qualitativos e quantitativos, todos os métodos têm limitações e os resultados gerados por esses métodos devem ser interpretados com ressalvas. O InCites provê esse tipo de análise: relatórios personalizados de autores, organizações, regiões, áreas de pesquisa, artigos, trabalhos de eventos e agências de fomento podem ser obtidos a partir de ajustes simples de parâmetros. O acesso à Plataforma InCites é feito pelo link https://incites.thomsonreuters.com, mediante cadastro de usuário, por meio de IP de computador reconhecido pela USP ou acesso remoto pelo VPN/USP. O Web of Science Core Collection é a fonte de dados do InCites e contém dados de financiamento mencionados nas publicações, incluindo nomes de agências financiadoras e números de concessão.

Informações de financiamento disponíveis na Plataforma InCites:

Os nomes de agência e os números de concessão que são capturados da seção agradecimentos de um artigo exatamente como nomeado. As informações de financiamento do InCites também são complementadas com dados de MEDLINE e Researchfish. Consulte também:https://clarivate.libguides.com/incites_ba/aboutdata.

Que tipo de análise você pode fazer no explorador de Agências de Financiamento do InCites?

1. Compare as agências de financiamento usando as métricas do InCites / Web of Science

2. Analise a evolução da produção científica financiada, seu percentual de internacionalização e impacto

3. Faça uma análise de co-financiamento de pesquisas

4. Identifique financiadores que apoiaram o trabalho em um campo de conhecimento ou em um tópico

5. Filtre por agência de financiamento em outros exploradores do InCites.

This article was published on July 23, 2018. 

Como citar este post [ABNT/NBR 6023/2002]:

DUDZIAK, E.A. Quem financia a pesquisa brasileira? Um estudo InCites sobre o Brasil e a USP. São Paulo: SIBiUSP, 2018. Disponível em: <> Acesso em: DD mês. AAAA.


Essa matéria integra a série de artigos que serão publicados sobre a produção científica da USP utilizando distintas plataformas de análise bibliométrica disponíveis na Universidade.

Parte 1 – Internacionalização e impacto da produção científica da USP: tendências positivas no horizonte – um estudo SciVal (Elsevier)

Parte 2 – Interesse mundial e a produção científica do Brasil e da USP – um estudo SciVal (Elsevier)

Parte 3 – Quem financia a pesquisa brasileira? Um estudo InCites sobre o Brasil e a USP.

Parte 4 – Reputação e confiabilidade da pesquisa: produção intelectual e visibilidade da USP – um estudo BDPI (SIBiUSP).

Publicado em Notícias, Política informacional Marcado com: 1980-2018, 2011-2018, 2018, agências, apoio ao pesquisador, Brazil, CAPES, CNPq, financiamento, financiamentos, funding, funding agencies, Incites, oportunidades, USP
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