A Open Access Publishing in European Networks (OAPE) é uma iniciativa européia de colaboração em rede para desenvolver e implementar um modelo sustentável de publicação de acesso aberto para livros acadêmicos da área de Ciências Humanas e Sociais. A OAPEN disponibiliza na Internet uma biblioteca digital (http://www.oapen.org).
A Biblioteca da OAPEN pretende melhorar a visibilidade e a facilidade de utilização das pesquisas acadêmicas de elevada qualidade, agregando publicações européias revisadas por pares e disponibilizadas em acesso aberto.
Entre as editoras que fazem parte da OAPEN estão a Amsterdam University Press (291 títulos), a Universitätsverlag Göttingen (135 títulos), a Firenze University Press (131 títulos), entre outras. As obras, disponíveis na íntegra (pdf) tratam de assuntos relacionados à Administração e Negócios, Humanidades, Direito, Economia, Finanças, Arte, Geografia e História.
Como dinamizar o uso da Wikimedia nas atividades de aprendizado na Universidade de São Paulo?
Esta foi a questão que norteou o encontro que aconteceu no dia 18 de janeiro de 2011 no Auditório do Centro de Computação e Eletrônica (CCE) da USP, do qual participaram docentes, bibliotecários e estudantes, além de representantes da Wikimedia Foundation.
Durante o encontro, foi possível conhecer um pouco mais sobre o trabalho da Fundação que congrega distintos projetos, todos desenvolvidos colaborativamente. Dentre estes projetos, o mais conhecido é a Wikipedia, que acaba de completar 10 anos de atuação em prol do acesso amplo e irrestrito à informação útil e confiável, gerada a partir do trabalho voluntário de milhares de contribuidores.
A Wikimedia Brasil é parte deste movimento mundial, que procura aglutinar interessados em congregar esforços a partir de projetos de conteúdo (como, por exemplo, a WikiUniversidade, Wikilivros, Wikinotícias e a própria Wikipedia) e projetos de infraestrutura (como, por exemplo, a Meta-wiki, MediaWiki, entre outros). O Brasil é líder quando se trata das contribuições em português.
Jessie Wild fez um breve relato da trajetória da Fundação e, em seguida, o professor Ewout ter Haar (IF/STOA-USP) abriu espaço para que a platéia se manifestasse.
Foi possível observar que, apesar da projeção alcançada, muito ainda pode ser feito em prol da dinamização e ampliação de sua utilização, principalmente nas Universidades. Na USP, isto ainda ocorre de forma fragmentada, a partir de iniciativas pontuais, mas recorrentes. Salvo relatos de algumas dificuldades técnicas de utilização da interface para quem colabora na redação de verbetes, a percepção geral foi positiva. Todos que compartilharam experiências de utilização, principalmente da Wikipedia como recurso didático no processo de aprendizagem, se mostraram satisfeitos e entusiasmados.
O desafio agora é popularizar estas práticas e modificar modelos de aprendizado, de modo a valorizar as parcerias e o conhecimento gerado pelos próprios estudantes.
Dados apresentados no Congresso Internacional de Acesso Aberto Berlin 8 indicam que o Brasil está em uma posição de destaque em relação a outros países da América Latina.
O trabalho – desenvolvido pelos professores Sely Costa e Fernando Leite (Universidade de Brasília) e Bianca Amaro (IBICT) revela que, atualmente, existem mais de 40 repositórios institucionais no país, os quais integrarão a Rede Brasileira de Informação Científica de Acesso Aberto (RICAA). Pelo aspecto da via verde, foram contabilizadas mais de 800 revistas científicas utilizando o software livre SEER/OJS.
Os slides da apresentação poderão ser acessados aqui (em inglês).
Segundo dados de dezembro de 2010 do DOAJ – Directory of Open Access Journals, 5.923 é o número de periódicos revisados por pares disponíveis em acesso aberto, sendo que mais de 1.130 periódicos encontram-se licenciados pela CC – Creative Commons.
A seguir, a lista de periódicos que mais publicam artigos sobre o acesso aberto, disponíveis em acesso aberto:
O Open Access Directory (OAD) é um compêndio de listas sobre o acesso aberto mantido pela comunidade de apoiadores do movimento. Organizado por categorias, o Diretório (http://oad.simmons.edu/oadwiki/Main_Page) é uma ótima fonte de informações para quem quer se manter atualizado quanto às atividades, recursos, cursos e eventos. É possível também ter acesso a pesquisas recentes, histórico e publicações sobre o tema.
Uma questão central em qualquer universidade pública é: como devolver à sociedade o que é investido na instituição? Formar profissionais qualificados, pesquisar temas relevantes e realizar projetos de extensão são respostas óbvias, mas o movimento Open Access (Acesso Aberto), ao qual a USP declarou adesão através de carta publicada no dia 26 de outubro, propõe mais uma maneira: dando acesso livre e direto à produção científica e cultural da universidade. Veja matéria publicada: USP Online
Realizada entre os dias 25 e 26 de novembro, na Universidade do Minho, em Portugal, a Conferência reuniu especialistas, professores, editores e profissionais da informação que desenvolvem atividades de investigação, de definição de políticas e de gestão de serviços relacionadas ao acesso aberto ao conhecimento, através de repositórios e revistas de acesso aberto.
A apresentação da Comunicação “REPOSITÓRIO INSTITUCIONAL EM UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA: a experiência da Universidade de São Paulo”[1] pode ser visualizada no link.
[1] Comunicação apresentada pela Profa. Dra. Sueli Mara Ferreira (ECA/DT-SIBiUSP), em co-autoria com Eidi Raquel F. Abdalla (DT-SIBiUSP), Edson S. Gomi (EP/USP), Ewout ter Haar (IFUSP/STOA), Elisabeth Dudziak (DT-SIBiUSP) e Rosa Maria Fischi (FMVZ/USP)
Na palestra que proferiu dia 25 de novembro de 2010 na sede do Curso de Estruturas e Ciências Moleculares (CECM/USP), o Professor John Wilbanks destacou a importância da Science Commons na promoção do acesso aberto a dados científicos. Tornar a pesquisa científica aberta e reutilizável por meio da integração de dados científicos, que hoje se encontram fragmentados, é o principal objetivo da Science Commons.
A Science Commons (SC) é um projeto da Creative Commons (CC), uma organização internacional sem fins lucrativos que promove o compartilhamento e a colaboração disponibilizando licenças flexíveis para obras intelectuais.
Fundada em 2005, a SC atua na produção e promoção de licenças e métodos para facilitar:
o acesso aberto a publicações;
o intercâmbio de material científico;
a abertura técnica e legal de bancos de dados;
acordos sobre o uso compartilhado de patentes.
Parceiros da SC incluem: Biomed Central, PLoS, Sage Bionetworks, MIT OpenCourseWare, Addgene, entre outros, além do apoio de empresas tecnológicas e fundações científicas.
Como participante do evento, o Departamento Técnico do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (DT-SIBi) foi representado pelas bibliotecárias Eidi Raquel Abdalla, diretora da Divisão de Gestão de Projetos, e Elisabeth Dudziak, também do DT-SIBi, que divulgaram o movimento em prol do acesso aberto promovido na Universidade de São Paulo ( https://www.acessoaberto.usp.br ).
“Estou extremamente feliz de anunciar que a International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) assinou a Declaração de Berlim sobre o Acesso Livre ao Conhecimento nas Ciências e Humanidades, em 25 de novembro de 2010. Você vai se lembrar que, durante a nossa conferência anual em Gotemburgo, em Agosto passado, referendamos a posição da IFLA sobre as futuras atividades relacionadas à promoção do Acesso Livre à Literatura Científica. Como signatária da Declaração de Berlim, a IFLA faz uma referência explícita de apoio ao Acesso Livre.”