RNP e Ibict lançam o Núcleo de Dados de Pesquisa da Rede Brasileira de Repositórios Digitais

Em reunião híbrida no dia 31/7, as organizações lançaram núcleo que pretende apresentar um modelo de governança para repositórios institucionais de dados de pesquisa, que fará parte da Rede Brasileira de Repositórios Digitais (RBRD)

IMG - RNP e Ibict lançam o Núcleo de Dados de Pesquisa da Rede Brasileira de Repositórios Digitais

A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) lançaram no dia 31 de julho de 2024 o Núcleo de Dados de Pesquisa (NDP), que é parte da Rede Brasileira de Repositórios Digitais (RBRD) [1].

O NDP apresenta um modelo de governança a ser experimentado para impulsionar os repositórios digitais de dados de pesquisa na RBRD, coordenando ações regionais para promover e incentivar a implementação de repositórios de dados de pesquisa em acesso aberto nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. A operacionalização das atividades contará com o apoio de um Comitê Gestor, formado pelas cinco coordenações regionais e um coordenador nacional, além de representantes do Ibict, RNP e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O planejamento e a formalização da iniciativa vem sendo construída, desde 2017, sendo fruto de um Acordo de Cooperação Técnica (ACT) celebrado em 2023 entre a RNP, Ibict e CNPq para a promoção de ações para a Ciência Aberta no Brasil.

Para Bianca Amaro, tecnologista do Ibict e coordenadora da RBRD, a criação do NDP, dentro do âmbito da RBRD, é muito importante, uma vez que será uma forma de impulsionar e auxiliar as instituições brasileiras na implantação de seus repositórios de dados de pesquisa.

A importância do Consórcio Nacional para Ciência Aberta (CoNCienciA)

Em 2021, o CNPq insere-se na parceria da RNP e Ibict por meio de um novo acordo com o intuito de fortalecer o recém-criado Consórcio Nacional para Ciência Aberta (CoNCienciA).

O CoNCienciA representa notável impulso à prática de Ciência Aberta no Brasil e mostra o alinhamento do CNPq e dos demais membros fundadores do consórcio, Ibict, Fiocruz, Embrapa e CBPF, com as práticas internacionais de colaboração científica e democratização da ciência. Seu principal objetivo é incentivar repositórios abertos de dados de pesquisa por meio da atribuição de identificadores persistentes, com aceitação e visibilidade internacional a conjuntos de dados (datasets, em inglês).

Hoje, o CoNCienciA cresce tanto com novas instituições aderindo ao consórcio, com seus respectivos repositórios de dados de pesquisa, quanto com o aumento nos números de atribuições de DOIs por meio dos repositórios já participantes. “Dessa forma, esperamos que o NDP prepare melhor as instituições para adesão ao CoNCienciA, assim como capacitação para ganho de maturidade institucional na abertura de dados de pesquisa”, explica o diretor adjunto de e-Ciência da RNP, Leandro Ciuffo.

Como o NDP vai funcionar

Como o Núcleo de Dados de Pesquisa (NDP) é um subgrupo da RBRD, optou-se por manter a organização fundamental deste, composta por cinco coordenações regionais, representando as regiões geográficas do Brasil.

O NDP irá coordenar ações regionais para abertura de dados de pesquisa em repositórios institucionais, com o apoio de um Comitê Gestor, formado pelas cinco coordenações regionais, além do Ibict, RNP e CNPq, e por um coordenador nacional do NDP. Esse coordenador nacional irá acompanhar as atividades em cada uma das sub-redes regionais, que deverão propor um plano de trabalho adequado à maturidade das instituições de sua região perante o desafio do acesso aberto à dados de pesquisa.

Cada sub-rede contará com o auxílio de um bolsista para desempenhar as ações esperadas. Tanto o coordenador nacional quanto os bolsistas regionais tiveram seus perfis de atuação definidos pela RBRD de forma coletiva e consensuada.

“Espera-se que cada região consiga ampliar a rede de repositórios de dados com, pelo menos, três repositórios institucionais com três datasets diferentes. Essa é a meta para o segundo semestre de 2024”, diz a coordenadora de P&D da RNP, Carolina Felicíssimo.

Instituições interessadas em participar das reuniões do NDP podem manifestar seu interesse para a coordenação da RBRD nesse link.  

Referência

[1] IBICT. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. RNP e Ibict lançam o Núcleo de Dados de Pesquisa da Rede Brasileira de Repositórios Digitais. 22 de Julho 2024. Disponível em:

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Ibict recebe secretário-executivo da Rede LA Referencia para discutir o identificador persistente ‘dARK’

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia [1] se reuniu com Lautaro Julián Matas, secretário-executivo e técnico da Rede Latino-Americana de Ciência Aberta, a LA Referencia. Estiveram presentes no encontro o diretor do Ibict, Tiago Braga; a coordenadora-geral, Cecília Leite; o coordenador-geral de Informação Científica e Técnica, Washington Segundo; a tecnologista Bianca Amaro; o pesquisador Wal Moraes; e a pesquisadora Tainá Batista de Assis.

O objetivo da reunião foi discutir o andamento do projeto em desenvolvimento do identificador persistente dARK (Decentralized Archival Resource Key), um serviço PID (Persistent Identifier) descentralizado e aberto concebido como um bem público para o ecossistema da Ciência Aberta e que tem sido executado com recursos próprios do Ibict, com apoio da rede LA Referencia, via financiamento internacional da Global Sustainability Coalition for Open Science Services (SCOSS).

O dARK é a primeira implementação de uma tecnologia que pode ser a base para serviços descentralizados e de baixo custo para atribuir/resolver identificadores persistentes. Trata-se de uma aplicação do ARK baseada em nós de blockchain institucionais; os dados são de propriedade, armazenados e controlados não por uma única organização, mas por todos os participantes de uma rede, como um “bem público”.

Para Lautaro, a parceria com o Ibict é importante tanto pela questão política, mas também pela qualidade técnica, pelos laços já desenvolvidos e pela influência positiva estabelecida entre as instituições ao longo dos últimos anos. “A tradição da parceria entre a LA Referencia e o Ibict mostra que temos uma visão comum de onde pretendemos chegar no que diz respeito ao ecossistema latinoamericano de Ciência Aberta”, disse o secretário.

De acordo com Washington Segundo, um dos pontos que justificam a implantação do dARK está relacionado ao alto custo para adoção de PIDs. “Por este motivo, o Ibict desenvolveu um projeto que tem como objetivo a criação de um PID de uso dinâmico, utilizado e mantido de forma descentralizada pela comunidade de usuários e livre de custos, sendo essa uma diferença significativa em relação ao modelo de PIDs atualmente existentes”.

O coordenador explica que a solução em desenvolvimento “não pretende substituir os identificadores já consagrados no sistema de comunicação científica, mas atuar de forma complementar e potencializar o uso destes em colaboração com o PID. Assim, seu desenho foi realizado para que não ocorra nenhum tipo de competição entre os PIDs existentes, por exemplo de DOI, mas que seja dada visibilidade àqueles registros que ainda não possuem identificação persistente”.

LA Referencia – A rede nasceu por meio de um Acordo de Cooperação assinado em Buenos Aires, em 2012, que reflete a vontade política de oferecer acesso aberto à produção científica da América Latina como um bem público regional com ênfase nos resultados financiados com fundos públicos. Por meio de seus serviços, ela apoia as estratégias nacionais de Acesso Aberto na América Latina e na Espanha através de uma plataforma com padrões de interoperabilidade, compartilhamento e visibilidade da produção científica gerada em instituições de ensino superior e pesquisa científica.

Referência

[1] IBICT. Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. Brasília, DF, Agosto 2024. Disponível em: https://www.gov.br/ibict/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2024/agosto/ibict-recebe-secretario-executivo-da-rede-la-referencia-para-discutir-o-identificador-persistente-dark Acesso em 25 ago. 2024

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ABCD lança Edital 2024 de Apoio à Publicação de Livros Digitais da USP

A Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais (ABCD) da Universidade de São Paulo torna público o Edital de apoio à publicação de livros digitais inéditos resultantes de estudos e pesquisas científico-acadêmicas a serem publicados por parte de Unidades, Institutos, Centros, Museus e Órgãos Centrais no Portal de Livros Abertos da USP.

O propósito deste Edital de 2024 é promover o acesso aberto ao conhecimento, alinhando-se aos objetivos estratégicos da Universidade e aos objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 definidos pela ONU.

Objetivo do Edital

Apoiar financeiramente a elaboração, diagramação, editoração e publicação de obras originais em formato de livro digital, com ênfase na difusão do conhecimento científico, acadêmico e didático vinculado à área de atuação dos/as autores/as, com foco na Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU)

As obras publicadas serão disponibilizadas em acesso aberto no Portal de Livros Abertos da USP.

Público-alvo

Poderão apresentar solicitações de apoio financeiro autores(as), coautores(as) e organizadores(as) de obras originais individuais, em coautoria ou coletivas (coletâneas), desde que ao menos um dos autores estejavinculado oficialmente à Universidade de São Paulo por meio de suas Unidades, Institutos, Centros, Museus e Órgãos Centrais da USP.

Um mesmo proponente poderá submeter mais de uma proposta. Também poderão ser submetidos ebooks que constituem Séries Monográficas.

Da submissão de propostas

A submissão da proposta de publicação do ebook será realizada em duas Etapas:

ETAPA 1 – Preenchimento de Formulário Online de Submissão de proposta de publicação, que contém informações da obra e dos autores(as), coautores(as) e organizadores(as), bem como a (s) unidade de vínculo.

ETAPA 2: Envio da obra em arquivo editável e sem identificação de autoria, exclusivamente para o e-mail atendimento@abcd.usp.br, informando o assunto do e-mail como “Submissão da obra “Nome da obra” – Edital 2024 de Apoio à Publicação de ebooks Portal de Livros Abertos USP”.

Período de Submissão de Propostas

As propostas deverão ser encaminhadas por meio do Formulário Online (ETAPA 1) e do envio do arquivo da obra (ETAPA 2) por e-mail a partir das 8 horas da manhã do dia 20 de agosto de 2024 até às 23h59 horas do dia 20 de setembro de 2024.

O texto completo do Edital está disponível no link:
https://www.livrosabertos.abcd.usp.br/portaldelivrosUSP/edital2024

Sobre o Portal de Livros Abertos da USP

O Portal de Livros Abertos da USP – https://www.livrosabertos.abcd.usp.br/ – criado em 2016, promove a reunião e divulgação dos livros digitais acadêmicos e científicos publicados pelas Unidades, Institutos, Centros e Museus da Universidade de São Paulo. O Portal tem como objetivos:

¤ Reunir os livros editados pelas unidades, institutos, centros e demais órgãos da USP de todas as áreas do conhecimento;

¤ Divulgar e proporcionar mais visibilidade e acesso aos livros dispersos nos websites das unidades, departamentos, páginas pessoais, etc;

¤ Preservar a memória da produção científica e acadêmica da USP.

Organização e Promoção: Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais ABCD-USP

A Agência de Bibliotecas e Coleções Digitais ABCD é o órgão da Universidade de São Paulo responsável por alinhar a gestão da informação, da produção intelectual e das bibliotecas aos objetivos estratégicos da instituição.

Uma das atribuições da ABCD é estimular o desenvolvimento de atividades alinhadas à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), com destaque ao movimento do acesso aberto, colaborando e apoiando a construção de coleções e repositórios dirigidos tanto à comunidade acadêmica quanto à sociedade em geral.

A Agência dá continuidade às atividades anteriormente desenvolvidas pelo Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBiUSP), ao mesmo tempo que incorpora novas frentes e amplia seu escopo de atuação.

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25/09 | Reunião da Comunidade DataCite 2024

Reunião Anual da Comunidade DataCite será realizada no dia 25 de setembro de 2024, uma grande oportunidade de interagir com outros membros da comunidade!

Este evento virtual de um dia é aberto a todos e contará com onze sessões para acomodar participantes em diferentes fusos horários. Para ver a programação completa, visite nossa página dedicada ao evento, onde você pode se inscrever nas sessões de seu interesse.

Os slides e a gravação serão compartilhados posteriormente pela Comunidade Zenodo do DataCite e pelo Canal do YouTube , respectivamente.

Registre-se agora:

https://datacite.org/events/category/datacite_annual_community_meeting/datacite-community-meeting-2024

Agradeceríamos muito se você pudesse compartilhar este convite em suas redes.

Se você tiver dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato com info@datacite.org

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15ª Conferência Luso-Brasileira de Ciência Aberta (ConfOA)

Este ano a 15ª Conferência Luso-Brasileira de Ciência Aberta (ConfOA) acontece na cidade do Porto, Portugal, de 01 a 04 de outubro de 2024.

Subordinada ao tema “Ciência Aberta: Equidade, Inovação e Sustentabilidade”, a 15ª ConfOA visa ser o fórum onde a Ciência Aberta é pensada e discutida em português.

A ConfOA pretende reunir as comunidades lusófonas que desenvolvem atividades de investigação, desenvolvimento, gestão de serviços e definição de políticas relacionadas com o acesso aberto ao conhecimento e a ciência aberta, com o objetivo de promover a partilha, discussão e divulgação de conhecimentos, práticas e investigação sobre estas temáticas, em todas as suas dimensões e perspectivas.

Confira a Programação: https://confoa.rcaap.pt/2024/programa2024

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Manual de Indicadores de Ciência Aberta (OS)

Um dos principais resultados do PathOS é a criação de um Manual de Indicadores de Ciência Aberta (Open Science OS). Esta é a primeira edição preliminar.

Em vez de criar um livro que ninguém lê ou onde ninguém consegue encontrar nada, criamos um site amigável e fácil de navegar em https://handbook.pathos-project.eu 

O Manual de Indicadores de Ciência Aberta não cobre apenas vários aspectos da medição da Ciência Aberta em si, mas também investiga a reprodutibilidade e o impacto. Se um indicador puder ser prontamente operacionalizado, pretendemos fornecer receitas prontas para apoiar a sua implementação. Mesmo que um indicador ainda não possa ser facilmente operacionalizado, poderemos incluí-lo no manual, se o considerarmos suficientemente relevante para a Ciência Aberta.

No PathOS adotamos uma abordagem causal e adotamos a mesma abordagem na elaboração deste manual. 

Um desafio fundamental é distinguir o impacto da Ciência Aberta do efeito que tornar algo Aberto tem nesse impacto. Por exemplo, uma ferramenta de código aberto pode ser lançada como código aberto e mostrar uma aceitação substancial pela indústria. Pode-se então dizer que esta ferramenta tem algum impacto econômico.

No entanto, não é evidente como esse impacto é afetado pelo fato de a ferramenta ser Open Source. Possivelmente, a ferramenta poderia ter tido uma aceitação semelhante pela indústria se não fosse lançada em código aberto.

Na verdade, muitas vezes é bastante desafiador estimar o efeito causal de tornar algo Aberto. Neste Manual de Indicadores de Ciência Aberta, pretendemos enfrentar este desafio e evitar sugerir indicadores para os efeitos causais da Ciência Aberta. Incluiremos um capítulo sobre algumas dessas questões-chave em torno da causalidade, das quais esperamos que os pesquisadores possam se beneficiar e desenvolver.

Esta primeira edição do Manual de Indicadores da Ciência Aberta (Open Science) abrange indicadores sobre Ciência Aberta e reprodutibilidade, e estamos planejando adicionar indicadores sobre impacto acadêmico, social e econômico mais tarde e ao longo da vida útil do projeto.  

Mais importante ainda, o Manual de Indicadores de SO está aberto e permanecerá aberto a contribuições da comunidade. O projeto PathOS continuará a contribuir para o manual num futuro próximo e distante, mas é necessária uma comunidade para transformá-lo num recurso que continue a ser útil e relevante.

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ODI: Iniciativa de Descoberta Aberta

Os provedores de conteúdo, provedores de serviços de descoberta e bibliotecas são incentivados a tomar medidas específicas para afirmar sua conformidade com a NISO RP-19-2020 , a prática recomendada da Open Discovery Initiative do NISO.

Essas medidas são feitas voluntariamente por cada organização, em um esforço para aumentar a transparência e as comunicações em torno de serviços de descoberta de biblioteca pré-indexados ou “em escala da web”.

O QUE É?

Uma recomendação técnica para troca de dados, incluindo formatos de dados, método de entrega, relatórios de uso, frequência de atualizações e direitos de uso

Uma forma de as bibliotecas avaliarem a participação dos provedores de conteúdo nos serviços de descoberta

Um modelo pelo qual os provedores de conteúdo trabalham com fornecedores de serviços de descoberta por meio de indexação e vinculação justas e imparciais

Uma maneira de divulgar e avaliar a conformidade de descoberta aberta para provedores de conteúdo, provedores de descoberta e bibliotecas

POR QUE VOCÊ DEVE USAR?

Simplifica o processo de troca de dados entre fornecedores de descoberta participantes e provedores de conteúdo

Garante que os fornecedores de descoberta participantes estejam seguindo práticas de indexação e vinculação justas e imparciais

Atenua problemas técnicos e legais que podem dificultar uma participação mais ampla de provedores de conteúdo ou potenciais criadores de serviços de descoberta

Permite que as bibliotecas entendam como seu conteúdo licenciado é incluído nos sistemas de descoberta

O QUE VOCÊ PODE FAZER?

Leia a Prática Recomendada do ODI atualizada

As listas de verificação de conformidade do ODI permitem métodos padronizados para provedores de conteúdo, provedores de serviços de descoberta e bibliotecas afirmarem sua conformidade com o ODI uns aos outros.

Os seguintes modelos foram preparados para tornar a publicação das Declarações de Conformidade da ODI o mais fácil possível para as partes interessadas:

As declarações concluídas podem ser encontradas aqui .

NISO RP-19-2020, Open Discovery Initiative: Promoting Transparency in Discovery. Disponível em: https://www.niso.org/standards-committees/odi Acesso em: 08 jul. 2024

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Estudo destaca impacto social da Ciência Aberta

Um novo estudo explorando o impacto social da Open Science acaba de ser publicado no periódico Royal Society Open Science . Este resultado-chave do  projeto PathOS visa preencher uma lacuna significativa na compreensão de como a Open Science impulsiona benefícios sociais. 

O estudo, liderado pelo Open and Reproducible Research Group (ORRG) sediado na Know-Center GmbH , sistematicamente analisou evidências publicadas do impacto social da Open Science.

Usando a extensão PRISMA para Scoping Reviews, os pesquisadores identificaram 196 estudos, demonstrando impacto em áreas-chave, incluindo educação, clima, meio ambiente e engajamento social.

Esclarece-se que a discussão do impacto social é amplamente especulativa por natureza, centralizando o argumento de que o OA resulta em maior engajamento público com resultados de pesquisa, na ausência de qualquer evidência para apoiar essa afirmação. As descobertas enfatizam a necessidade de mais evidências, particularmente em política, saúde e confiança pública na pesquisa.

As principais conclusões do estudo incluem:

  • Ciência Cidadã : A maioria dos estudos identificados se concentrou na Ciência Cidadã, mostrando impacto social significativo em educação e conscientização, ação climática e ambiental e engajamento comunitário.
  • Acesso Aberto : Vários estudos destacaram o papel do Acesso Aberto na democratização do acesso à pesquisa e na melhoria do conhecimento público.
  • Dados abertos/FAIR e código/software abertos : evidências limitadas foram encontradas sobre o impacto social de dados abertos/FAIR e código/software abertos, indicando uma área crítica para pesquisas futuras.
  • Política e saúde : houve uma notável falta de evidências sobre o impacto da Ciência Aberta na formulação de políticas e na saúde pública, ressaltando a necessidade de estudos mais direcionados nesses domínios.

A Dra. Nicki Lisa Cole, Pesquisadora Sênior do Know-Center e autora principal do estudo, comentou: “Nosso estudo demonstra que a Ciência Cidadã e outras formas participativas de pesquisa baseadas na comunidade beneficiam a sociedade de várias maneiras, desde a melhoria da biodiversidade, fortalecimento do monitoramento ambiental até o aumento do conhecimento tópico e das habilidades científicas entre o público.

Esses são resultados encorajadores.

Financiadores e líderes institucionais devem tomar nota e investir mais nesse tipo de pesquisa se quiserem garantir que a pesquisa científica beneficie a sociedade.

Ao mesmo tempo, o estudo mostra a necessidade de estabelecer o benefício social da grande quantidade de recursos – tempo, pessoal e financiamento para treinamento e infraestrutura – que foram investidos em dados abertos. A recompensa ainda não foi estabelecida por meio da pesquisa. Isso não quer dizer que não esteja lá, mas que ainda precisa ser provado.”

O projeto PathOS visa avançar a compreensão e a implementação da Ciência Aberta para aumentar seu impacto social. Mais informações sobre o PathOS podem ser encontradas em PathOS Project .

O Open and Reproducible Research Group (ORRG) na Know-Center GmbH foca em promover transparência, acessibilidade e reprodutibilidade em pesquisa científica. Saiba mais sobre o ORRG em Open and Reproducible Research Group .

Link: https://pathos-project.eu/new-study-published-on-societal-impact-of-open-science-in-royal-society-open-science

Referência

COLE, Nicki Lisa; KORMANN, Eva; KLEBEL,Thomas; APARTIS, Simon; ROSS-HELLAUER, Tony. The societal impact of Open Science: a scoping review. Royal Society Open Science, v. 11, n. 6, 27 June 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1098/rsos.240286 Acesso em: 04 jul. 2024

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Projeto PathOS: melhor compreensão e medição dos impactos da Ciência Aberta e seus mecanismos causais

Monitoramento de Ciência Aberta e o papel das Bibliotecas de Pesquisa

As bibliotecas de pesquisa e os bibliotecários desempenham um papel essencial na oferta de formação em Ciência Aberta (Open Science – OS), na implementação de infraestruturas como publicações, repositórios de dados e recursos educativos, na preservação, curadoria, publicação e divulgação de recursos e na monitorização da Ciência Aberta.

Os bibliotecários de pesquisa têm trabalhado há muito tempo para capacitar e servir como intermediários para publicar em revistas em acesso aberto, descobrir locais de publicação confiáveis, auxiliar na gestão de APCs e desenvolver sistemas de informação de pesquisa, pelo que são intervenientes-chave no processo de desenvolvimento de indicadores para a monitorização da Ciência Aberta.

Projeto PathOS

PathOS é um projeto do Horizonte Europa que visa recolher evidências dos efeitos da Ciência Aberta, estudando as vias de impacto (contexto, recursos, atividades, produtos, resultados e impactos), fazendo uma extensa revisão da literatura, estudando os efeitos causais e fazendo uma análise de custos. análise de benefícios das práticas de Ciência Aberta em estudos de caso selecionados.

O conceito por trás do PathOS é identificar e documentar os Caminhos de Impacto da Ciência Aberta, ou seja, os possíveis caminhos que conectam a entrada ao produto, resultado e impacto, incluindo os mecanismos causais que os ligam e os fatores facilitadores ou bloqueadores existentes.

As vias de impacto respondem à necessidade não só de estimar e medir os efeitos líquidos de uma intervenção política, mas também de fornecer explicações sobre o por que e como os impactos ocorrem.

No âmbito do Projeto PathOS, um Manual de Indicadores de Ciência Aberta está sendo desenvolvido a partir do acompanhamento de indicadores significativos para a Ciência Aberta nas categorias acadêmica, social, econômica e de reprodutibilidade.

Pretende funcionar como um “livro de receitas” para pronta implementação, e cada indicador é constituído pela sua descrição, como pode ser medido, sugestões de fontes de dados, correlações e as referências mais importantes sobre o assunto.

O gráfico foi adotado do Guia RI-PATHS para Avaliação do Impacto Socioeconômico de
Infraestruturas de Pesquisa. https://ri-paths-tool.eu/en

Exemplos de indicadores são a disponibilidade de repositórios de publicações, disponibilidade de repositórios de dados, disponibilidade de repositórios de preprints, prevalência de práticas de dados abertos/FAIR, prevalência de práticas de Método Aberto, etc.

Descobrindo o impacto da ciência aberta


O Projeto PathOS continua sua jornada para uma melhor compreensão e medição dos impactos da Ciência Aberta e de seus mecanismos causais. Assista o vídeo para saber mais sobre o Projeto PathOS

Atividades

PathOS permite uma nova compreensão dos impactos da Ciência Aberta e dos seus mecanismos causais . Sintetizando e estruturando as evidências atuais, o PathOS desenvolverá novos métodos e ferramentas para medir o impacto seguindo um processo iterativo de 6 etapas , através de testes-piloto a partir de estudos de caso  aprofundados .

  1. Âmbito: Comece por avaliar o estado atual de sistemas operacionais de ciência aberta e da metodologia de avaliação de impacto, com base em trabalhos anteriores.  
  2. Conceituar modelo: Embarque em um exercício de redação para esboçar a lógica de intervenção da Ciência Aberta e mapear caminhos conceituais de impacto do sistema operacional para ajudar a formular as perguntas certas para medir os impactos.  
  3. Quantificar: Explore uma variedade de métricas (dados, métodos, ferramentas) para identificar os efeitos do sistema operacional com uma abordagem quali-quantitativa para incorporar a identificação de efeitos causais. 
  4. Operacionalizar: Aplicar os métodos para medir impactos em estudos de caso específicos (utilizar kits de ferramentas de autoavaliação, produzir código e dados para uma abordagem baseada em dados), avaliar resultados e fazer propostas sobre aspectos de viabilidade para adoção futura. 
  5. Analisar: Faça uma análise de custo-benefício visando práticas específicas de Ciência Aberta, capturando todos os elementos-chave da história de impacto de entrada-saída. 
  6. Validar modelo: Faça uma síntese de todos os resultados das atividades 1 a 5 para derivar caminhos de impacto da Ciência Aberta. 

As atividades 2 a 5 decorrerão numa abordagem faseada e centrar-se-ão em estudos de caso selecionados , cada um trazendo para a mesa uma série de elementos específicos da Ciência Aberta (Open Science) que nos permitirão avaliá-los e medi-los melhor e sermos capazes de construir os caminhos desde o início até o fim.  

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26 e 27/06 – Icict/Fiocruz realiza encontro sobre ciência aberta, sustentabilidade e OJS

O Icict/Fiocruz realiza um ciclo de encontros sobre as tecnologias da informação e da comunicação para a ciência aberta. A primeira edição será nos dias 26 e 27 de junho, com o tema “Desafios da comunicação científica: ciência aberta, sustentabilidade e OJS”. Washington Segundo, coordenador-geral de Informação Científica e Técnica do Ibict, abordará algumas das infraestruturas brasileiras para ciência aberta.

Clique aqui – para conferir a programação completa. 

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas pelo link eventos.icict.fiocruz.br

Assessoria de Comunicação: edict.icict@fiocruz.br

O Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz) realiza um ciclo de encontros sobre as tecnologias da informação e da comunicação para a ciência aberta. A primeira edição será nos dias 26 e 27 de junho, com o tema “Desafios da comunicação científica: ciência aberta, sustentabilidade e OJS”.

O OJS, sigla para Open Journal Systems, é um software de código aberto que abrange todas as fases do processo editorial de publicação científica, desde a submissão dos trabalhos até sua publicação e disseminação.

Com o objetivo de envolver profissionais de diversas áreas na adoção, utilização e desenvolvimento do OJS, além de oferecer uma visão ampla sobre o movimento pela ciência aberta e a importância de infraestruturas abertas para sua implementação, serão apresentadas palestras que vão desde o movimento global pela ciência aberta, passando por temas emergentes e infraestruturas brasileiras.

Contando com uma parte prática, será oferecida oficina para o desenvolvimento e troca de experiências, apoiando e fortalecendo a gestão eletrônica dos periódicos científicos junto às unidades da Fiocruz.

O público-alvo é formado por pesquisadores e coordenadores de programas de pós-graduação, alunos, membros de equipes editoriais de periódicos científicos, editores, bibliotecários, arquivistas, profissionais da área de TI, designers, jornalistas e demais interessados, tanto da Fiocruz como de outras instituições de pesquisa ou universidades.

Programação

No primeiro dia, a programação está localizada na Biblioteca de Manguinhos, e contará com mesa de abertura com autoridades do Icict e da Fiocruz, e mesas temáticas com palestrantes convidados.

O  pesquisador Juan Pablo Alperin, professor associado da Simon Fraser University (Canadá), diretor científico do Public Knowldege Project (PKP) e codiretor do Scholarly Communications Lab, dialogará em torno da pergunta: se somos contra as taxas de processamento de artigos, somos a favor de que? A sessão será apresentada em espanhol, com tradução simultânea.

Em seguida, Eloy Rodrigues, diretor da Unidade de Serviços de Documentação e Bibliotecas (USDB) da Universidade do Minho (Portugal) apresentará a iniciativa COAR Notify e discutirá como promover a interoperabilidade e a inovação na comunicação científica. 

Na parte da tarde, dando prosseguimento às discussões, Washington Segundo, coordenador-geral de Informação Científica e Técnica do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), abordará algumas das infraestruturas brasileiras para ciência aberta.

Depois, o editor-executivo da Bahiana Journals, João de Deus Barreto, propõe uma discussão sobre adesão à ciência aberta, questionando se os desafios são estruturais ou de comportamento. As sessões terão mediação de Luciana Danielli, coordenadora do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Icict (CTIC).

Oficina

Na quinta-feira, 27/6, o evento muda de local para o Laboratório do Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde (PPGICS), que fica no edifício sede do Campus Fiocruz Maré (Expansão).

A atividade terá como foco o OJS, a atualização do sistema, seu uso eficiente e a troca entre os usuários. O ministrante será Jânio Sarmento, que é profissional autodidata em administração de sistemas e ambientes Linux, com mais de 30 anos de experiência. Ele é administrador de sistemas sênior da PKP desde 2019, e atualmente é discente no curso de especialização em DevOps.

Clique aqui para conferir a programação completa. 

As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas pelo link eventos.icict.fiocruz.br

Fonte:

Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia. IBICT. Inscrições abertas: Icict realiza encontro sobre ciência aberta, sustentabilidade e OJS. Brasília, jun. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/ibict/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2024/junho/inscricoes-abertas-icict-realiza-encontro-sobre-ciencia-aberta-sustentabilidade-e-ojs Acesso em: 19 jun. 2024

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